Negócios

6 redes de roupas envolvidas em acusações de trabalho escravo recentemente

Fornecedores de grandes marcas recorrem a esquemas de trabalho irregulares

Loja da Zara: fornecedores são o calcanhar do setor de vestuário (Mário Rodrigues/Veja)

Loja da Zara: fornecedores são o calcanhar do setor de vestuário (Mário Rodrigues/Veja)

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Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2011 às 18h46.

São Paulo – A badalada grife espanhola Zara é apenas a mais recente confecção a se envolver em acusações de trabalho escravo de fornecedores no Brasil. Nos últimos meses, pelo menos outras cinco grandes varejistas de vestuário viraram notícia por comprar artigos produzidos por mão de obra qualificada como escrava.

Veja, a seguir, os principais casos, de acordo com a ONG Repórter Brasil, especializada no combate ao trabalho escravo.

Zara e a oficina em São Paulo

No final de julho, o Ministério do Trabalho localizou uma oficina de costura na capital paulista, onde 15 bolivianos e um paraguaio eram mantidos em regime de semi-escravidão. A oficina, que pertence à empresa AHA, confecciona roupas da marca Zara. Cada peça era vendida por 7 reais. Segundo o Ministério do Trabalho, outras 35 confecções que fornecem para a marca são suspeitas também de uso de escravos modernos.

Collins sofre ação civil pública

A Defensoria Pública da União entrou com uma ação civil pública contra a grife de roupas femininas Collins em meados de maio. Na ação, a Defensoria exige que a marca pague uma indenização de 300.000 reais por danos morais coletivos. A base do processo é um flagrante de trabalho escravo em uma oficina que fornecia roupas para a marca, em agosto do ano passado.

Pernambucanas e a coleção Outono-Inverno

No início de abril, a Secretaria Regional de Trabalho e Emprego de São Paulo encontrou 16 bolivianos em condições de escravidão em uma confecção na capital paulista. O grupo trabalhava para a coleção Outono-Inverno da Argonaut, a marca jovem da Pernambucanas. A encomenda era da Dorbyn Fashion, uma das fornecedoras da rede.


Marisa e C&A compram do mesmo fornecedor irregular

Em fevereiro, as autoridades descobriram 17 trabalhadores em regime de escravidão na Indústria e Comércio de Roupas CSV. Segundo a investigação, há indícios também de tráfico de pessoas. A confecção fornecia peças para as redes Marisa e C&A.

Sete Sete Cinco e o primeiro resgate de escravos urbanos

A marca jovem Sete Sete Cinco (775) teve seu nome vinculado a um episódio nada gratificante. Em novembro do ano passado, duas bolivianas foram resgatadas de uma oficina onde eram mantidas como escravas. Foi o primeiro caso de resgate de escravos urbanos do país. Além das condições degradantes de trabalho, elas também sofriam violência física.

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