“Ele [o usuário] passa 3 ou 5 minutos no celular e vai usar seu aplicativo entre o e-mail, a rede social o telefonema e o SMS. Se não for fácil de usar, ele não terá uma boa experiência com o aplicativo e não voltará”, diz César (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
São Paulo – Se toda empresa deve ir atrás do seu público consumidor, os celulares e tablets com certeza são a próxima parada. Não tem mais volta: as plataformas móveis já estão nas mãos (e nos bolsos) da maior parte dos brasileiros e a incorporação de ferramentas adequadas a este meio passa a ser uma condição sine qua non para o sucesso nos negócios.
A questão central é que, diferente das mídias tradicionais, as plataformas móveis exigem um pouco mais de estratégia dos gestores, uma vez que pressupõem interação com seus consumidores.
Justamente por isso, conquistar o usuário é essencial. “As plataformas móveis, como o smartphone, são uma extensão do corpo das pessoas. Elas podem ser usadas como ferramentas para economizar tempo e para passar o tempo, ou seja, é preciso saber onde se encaixar”, diz César S. César, diretor da Unidade Digital da Carvajal, empresa mantenedora do Guia Mais Empresas.
César dá sete sugestões para empresas que pretendem abrir mais esse caminho para chegar até o seu consumidor.
1 Pense móvel
Parece óbvio, mas muitas empresas ainda não pensam nos dispositivos móveis como mídias com características particulares. “O smartphone e o tablet não são computadores em miniatura”, afirma César.
O relacionamento entre esses dispositivos e o usuário acontece em momentos diferenciados – como durante um almoço, entre um compromisso e outro ou em trânsito, isso exige que a empresa pense em como ser útil ao usuário em poucos minutos. “São como controles remotos para o mundo virtual. Muitas vezes esse é o início de um relacionamento de mão-dupla”, destaca o especialista.
2 Estratégia antes, conteúdo depois
Produzir um aplicativo não é simplesmente uma questão de estar em dia com as novidades do mercado. Os objetivos desse canal devem estar claros para a empresa e devem estar perfeitamente encaixados com o planejamento estratégico daquele ano. “Essa história de ‘precisamos desenvolver um aplicativo: o que podemos fazer?’ não funciona. O caminho tem de ser inverso. O aplicativo é um meio para alcance do objetivo e não uma finalidade em si só”, diz César.
3 Engajar usuários é essencial
As plataformas móveis podem ser um ótimo canal para entrar em contato direto com o consumidor e estreitar esse relacionamento. Para isso é necessário que o aplicativo tenha potencial de engajar seus usuários e torne-se necessário para o dia a dia. “O aplicativo é uma chance permanente de contato entre consumidor e a marca. É importante que o aplicativo seja funcional o suficiente para virar ferramenta de consulta constante”, diz César.
4 Privilégio da usabilidade
Todo o investimento – que não costuma ser pouco – pode ir por agua abaixo se a usabilidade não for privilegiada. César explica que o momento de interação dos usuários com seus gadgets é curto e qualquer deslize pode ser fatal. “A tela é pequena, o usuário geralmente manuseia um smartphone com uma mão só. Ele passa 3 ou 5 minutos no celular e vai usar seu aplicativo entre o e-mail, a rede social o telefonema e o SMS. Se não for fácil de usar, ele não terá uma boa experiência com o aplicativo e não voltará.”
5 Quanto mais simples melhor
A simplicidade e o minimalismo são palavras de ordem no mundo da tecnologia. Duvida? Basta ver o tamanho do sucesso do jogo Anrgy Birds – um jogo fácil com interface simples correu o mundo e levou a Rovio ao estrelato. Para César, a estratégia deve ser a mesma. “Mantenha tudo o simples possível. O Google é uma tela branca com um logo e uma caixinha e resolve todos os problemas da sua vida”, diz.
6 Buscar referências
Todas as referências poderão ser válidas quando a empresa quer apostar alto nas plataformas móveis. Um jogo, um aplicativo de banco ou até mesmo um contador de calorias pode dar boas ideias de usabilidade e utilidade de um aplicativo. “Não olhe só a concorrência, mas busque exemplos no exterior. Veja o que as outras empresas estão fazendo e compare o projeto de sua aplicação”, sugere César.