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6 encrencas em que a Foxconn se envolveu neste ano

De brigas de funcionários a ameaças de suicídio coletivo, empresa enfrentou uma série de problemas


	Fábrica da Foxconn: apesar da pressão da Apple, empresa ainda enfrenta problemas
 (Voishmel/AFP Photo)

Fábrica da Foxconn: apesar da pressão da Apple, empresa ainda enfrenta problemas (Voishmel/AFP Photo)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2012 às 13h33.

São Paulo – A Foxconn comunicou, nesta segunda-feira, que fechou uma fábrica no norte da China, após uma briga que envolveu 2.000 funcionários em um dos dormitórios. Este é apenas o mais recente problema que envolveu uma das principais fornecedoras da Apple neste ano.

A Foxconn chamou a atenção de organizações não governamentais que defendem os direitos trabalhistas por seu suposto desrespeito aos trabalhadores. O próprio presidente da Apple, Tim Cook, visitou a empresa, na China, para pressioná-la a adotar novos padrões.

Veja, a seguir, os problemas em que a Foxconn já se envolveu neste ano:

2.000 funcionários em briga

Na manhã desta segunda-feira, uma briga envolveu cerca de 2.000 funcionários, na unidade de Taiyuan, no norte da China, e deixou pelo menos 40 feridos. A polícia efetuou várias prisões, e a direção da Foxconn decidiu fechar a fábrica até que as causas do tumulto sejam esclarecidas.

A briga começou em um dos dormitórios e envolveu dois grupos de funcionários, mas se alastrou por outras partes da fábrica, que emprega um total de 79.000 pessoas.

Suicídio coletivo

Em abril, um grupo de 200 operários de uma fábrica da Foxconn em Wuhan ameaçou se jogar da cobertura, em protesto contra os baixos salários e as más condições de trabalho. Na ocasião, a Foxconn atribuiu a manifestação à exigência dos funcionários de melhorias no local de trabalho.

Ameaça de greve no Brasil

Também em abril, os empregados da fábrica da Foxconn em Jundiaí (SP) ameaçaram entrar em greve, em protesto contra as condições de trabalho. Na ocasião, o Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí apresentou uma pauta de reivindicações à direção da empresa, cobrando melhorias nas instalações físicas, que seriam inadequadas para atender aos 2.500 funcionários que trabalham no local.

Puxão de orelha

No final de março, uma auditoria da Fair Labour Association (FLA) constatou “sérios problemas trabalhistas” nas fábricas da Foxconn. Essa foi a primeira auditoria independente permitida pela empresa.


Segundo a FLA, foram constatadas, pelo menos, 50 violações às leis chinesas, além do descumprimento do código de conduta assinado com a Apple, um de seus maiores clientes. A vistoria da FLA durou um mês e envolveu três fábricas, que empregam juntas 35.000 pessoas. Na ocasião, a Foxconn se comprometeu a implantar as recomendações feitas pela auditoria.

“1 milhão de animais”

Em meados de janeiro, o presidente da Foxconn, Terry Gou, causou polêmica ao comparar seus funcionários a animais, durante um encontro com gerentes da empresa. No evento, Gou teria afirmado que “gerenciar 1 milhão de animais” lhe dava “dor-de-cabeça”.

Dias depois, a Foxconn emitiu um pedido de desculpas público. A nota, contudo, afirmava que as declarações de Gou foram retiradas do contexto pela imprensa.

Suicídio coletivo 2

No início de janeiro, 150 funcionários da fábrica da Foxconn em Wuhan ameaçaram saltar da cobertura, em protesto contra mudanças no seu regime de trabalho. O estopim foi o remanejamento de 600 funcionários para uma nova linha de produção.

Os empregados queixaram-se das más condições de trabalho, falta de treinamento para a nova tarefa, parcelamento de salários e ritmo intenso de montagem. Inicialmente, a direção da empresa teria se negado a negociar, o que levou à ameaça de suicídio coletivo.

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