São Paulo - Terceira maior cervejaria do mundo, a Heineken anunciou no sábado, dia 07, que irá adiar os investimentos no Brasil depois que o governo aumentou os impostos sobre a cerveja. A partir de outubro, o imposto sobre a produção de cerveja aumenta de 17% para 20,8%. Com a mudança, a situação das empresas do setor no país, já prejudicadas pela valorização da moeda brasileira frente ao dólar, fica ainda mais difícil, disse Paulo Macedo, vice-presidente de Relações Corporativas da Heineken Brasil, para a Agência Estado. A estimativa é que 60% dos custos das cervejarias brasileiras sejam calculados com base na moeda americana.
No início de junho, a Jaguar Land Rover, divisão de carros de luxo da indiana Tata Motors, suspendeu seu plano de investir em uma fábrica no Brasil por acreditar que “falta clareza em termos de políticas” para automóveis no país. A Land Rover havia anunciado o interesse em construir sua primeira fábrica brasileira em janeiro deste ano, dentro de sua estratégia de expandir sua atuação em mercados emergentes.
A euforia tomou conta do mercado de automóveis no país depois que a BMW anunciou que pensava abrir uma fábrica no país. Em janeiro, uma fonte no Brasil chegou até a afirmar que a montadora estava nos estágios finais de escolha do local de sua primeira fábrica na América Latina, com uma decisão esperada para fevereiro. Mas a decisão do governo de aumentar o IPI sobre os carros importados, fez com a empresa desanimasse de montar sua primeira fábrica no Brasil. "Não iremos para o Brasil para termos prejuízo", disse diretor de produção da BMW, Frank-Peter Arndt, a jornalistas durante reunião anual do grupo, em março. Por enquanto, a empresa ainda avalia se valeria a pena construir ou não uma fábrica no Brasil.
Em março, o presidente da Suzano Papel e Celulose, Antonio Maciel Neto afirmou à Agência Estado que a companhia irá postergar o cronograma das fábricas da Suzano Energia Renovável. O projeto inicial, que previa a construção de três fábricas a partir de 2013, entrará em vigor agora apenas a partir de 2014. As duas primeiras fábricas, cada uma com capacidade anual de 1 milhão de toneladas, começarão a produção ao longo de 2014. A terceira fábrica da primeira fase da nova empresa, por sua vez, só deverá iniciar produção em 2015. Os três projetos deverão ser instalados no Maranhão. Um dos motivos para o adiamento está no fato de que a Suzano mantém interesse de atrair um investidor para participar do projeto.
A transformadora de cobre Paranapanema anunciou, em abril, que irá postergar os planos de investir na expansão da unidade de laminados a frio, no ABC paulista. A capacidade da fábrica, que deverá crescer de 28 mil toneladas para 55 mil toneladas por ano, vai exigir um investimento total de 142 milhões de reais. Prevista para este ano, a expansão deverá ser concluída apenas em 2013. As informações são do jornal Valor Econômico. Ferraz afirmou que os demais projetos de expansão estão mantidos. A Paranapanema está em meio a um plano de investimentos de R$ 727 milhões, de 2011 a 2014, que inclui o aumento da capacidade instalada de 230 mil toneladas a 276 mil toneladas nas operações de cobre refinado e de 72 mil toneladas para 130 mil toneladas de semielaborados de cobre.
O grupo norueguês de alumínio Norsk Hydro adiou, em março, a construção de uma refinaria de alumina em Barcarena (PA). A expectativa era de que a refinaria começasse a produção em 2015. "Os principais motivos para o adiamento do projeto CAP (Companhia de Alumina do Pará) são a incerteza relacionada ao equilíbrio de oferta/demanda de alumínio a curto e médio prazos e ao desenvolvimento na economia mundial", disse a empresa em um comunicado enviado ao mercado na época em que o investimento foi postergado.
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