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50 anos de Comic Con: HQ’S, super-heróis e superlucros

De acordo com estimativas globais, até 2021 a economia criativa deverá faturar cerca de 2,3 trilhões de dólares

Comic Con: a convenção criada nos anos 1970 atrai os nomes mais importantes de Hollywood e do universo pop em geral (Disney/Reprodução)

Comic Con: a convenção criada nos anos 1970 atrai os nomes mais importantes de Hollywood e do universo pop em geral (Disney/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2019 às 06h09.

Última atualização em 18 de julho de 2019 às 06h42.

Completando 50 anos de existência, a Comic Con é a maior prova de que a cultura criativa pode ser um ótimo negócio. Da primeira edição realizada no portão de um hotel nos Estados Unidos até se tornar um dos maiores eventos do universo pop do mundo, a reunião de fãs de super-heróis já passou por inúmeras transformações, e continua crescendo.

Entre esta quinta-feira, 18, e o próximo domingo, cerca de 135 mil pessoas passarão pela Comic Con San Diego e deverão movimentar a economia local assim como o evento vem fazendo em outras partes do mundo, especialmente no Brasil. 

A convenção criada nos anos 1970 atrai os nomes mais importantes de Hollywood e do universo pop. Para este ano, está prevista a presença de astros como Arnold Schwarzenegger e o elenco da série “Game of Thrones”, grande sucesso da emissora HBO que terminou recentemente.

Devido ao alcance e a visibilidade do encontro, os painéis do evento acabam servindo, também, como vitrine para o lançamento das mais lucrativas franquias das HQs, do cinema e da televisão.

Em um mundo onde se discute a automação do trabalho repetitivo, a economia criativa tornou-se uma das áreas mais promissoras para a geração de empregos que não possam ser roubados por robôs.

De acordo com estimativas globais, o setor deverá faturar 2,3 trilhões de dólares até 2021. As exportações de bens criativos já representam 6,1% do PIB mundial. São esses números que têm feito muitos governos apostar fichas no setor.

No Reino Unido, o governo e o Conselho da Economia Criativa, que une empresas e órgãos públicos, lançaram, no ano passado, um plano para investir 200 milhões de dólares nessas atividades, que lá empregam quase 2 milhões de pessoas e movimentam 116 bilhões de dólares por ano.

O país foi um dos primeiros a perceber o potencial que a indústria criativa poderia trazer à economia.

A receita é tão bem-sucedida que outras Comic-Cons começaram a ser realizadas em todo planeta, indo de Nova York à Arábia Saudita e passando pela CCXP Brasil, que já é o evento com maior público no mundo, ultrapassando até mesmo San Diego, berço da convenção.

Por aqui, em dezembro do ano passado, a Comic Con levou, em quatro dias, 262 mil pessoas a um espaço de 100 mil metros quadrados na cidade de São Paulo e faturou 50 milhões de reais.  

Para além dos HQ’S e dos super-heróis, todos os anos a Comic Con vem demonstrando que também pode obter superlucros. 

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