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5 razões que fizeram o lucro do BTG mais que dobrar

Banco de André Esteves registrou ganhos de R$ 822 milhões no segundo trimestre do ano, 165% a mais em relação ao mesmo período do ano anterior


	BTG : primeiro balanço após IPO foi positivo
 (Divulgação)

BTG : primeiro balanço após IPO foi positivo (Divulgação)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 10 de agosto de 2012 às 15h11.

São Paulo - O mercado não está dos mais favoráveis, mas, mesmo assim, o banco BTG Pactual, do empresário André Esteves, conseguiu multiplicar seu lucro no segundo trimestre. No período, o BTG reportou ganho de 822 milhões de reais, 165% maior em relação ao mesmo trimestre do ano passado, e 4% maior na comparação com os três primeiros meses do ano.

As receitas do banco também mais que dobraram em relação ao ano passado, atingindo 1,6 bilhão de reais.  “O número é ligeiramente superior ao apresentando no trimestre passado, mas é mera coincidência. O lucro nos deixou também muito satisfeitos. O cenário estava ruim, mas tivemos um bom resultado, o terceiro trimestre será a prova de fogo”, afirmou Esteves, em teleconferência com analistas e investidores, nesta sexta-feira.

Um conjunto de fatores contribuiu para o bom desempenho financeiro do banco no período. Veja, a seguir, algumas das razões que ajudaram o BTG a ter lucro recorde no período:

Carteira de crédito

O BTG não percebeu no trimestre nenhuma deterioração de sua carteira de crédito. Segundo Esteves, a carteira de crédito do banco vem apresentando crescimento com qualidade e diversificação.

Para se ter uma ideia, as receitas da unidade de corporate lending (crédito para empresa) do banco cresceram 37% no segundo trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando, no período, 140 milhões de reais.

O tamanho do portfolio desse segmento passou de um saldo médio de 18,5 bilhões de reais para 21 bilhões de reais no segundo trimestre. “Para os próximos períodos, as perspectivas continuam boas e enxergamos oportunidades”, afirmou o empresário.

A carteira de empréstimos do banco atingiu 5,5 bilhões de reais no final do primeiro semestre deste ano.

Receitas maiores

Assim como o lucro, a receita do BTG no período cresceu mais de 100% em relação ao segundo trimestre de 2011, atingindo a cifra de 1,63 bilhão de reais. Boa parte dos produtos que compõem as receitas também teve evolução positiva.


As receitas do segmento de principal investiments foram as que mais aumentaram no período, 2.963% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 687 milhões de reais. Essa unidade envolve os negócios de global markets, merchant banking e real estate do BTG.

Despesas

Segundo João Dantas, diretor de relações com investidores do banco, mesmo maiores, as despesas apresentadas pelo BTG no segundo trimestre estavam todas sob controle e já eram esperadas, por isso não impactaram os resultados no período.

Em 12 meses, as despesas administrativas do BTG saltaram de 85 milhões de reais para 150 milhões de reais. A alta se deu principalmente pelo efeito da abertura de capital do BTG, em abril deste ano.

Basileia

O índice de Basileia do BTG no período atingiu 18,5%, quase dois pontos percentuais maiores em relação ao mesmo trimestre anterior.  Segundo o BTG, o aumento do indicador reflete os recursos primários de capital obtidos pelo banco em seu IPO.

O índice do Itaú, por exemplo, maior banco privado do país, não chegou a 17% no segundo trimestre desse ano.

BR Properties

A BR Properties, controlada pelo BTG, passou a ter efeito positivo de equivalência patrimonial nos resultados financeiros do banco a partir do segundo trimestre do ano. Com o ativo, houve um acréscimo de mais de 300 milhões de reais na receita do banco no período.
 

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