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5 razões para entender por que a Colombo está sempre à venda

Vira-e-mexe, surgem rumores de que a Colombo pode ser comprada – e isso mostra que interessados e motivos não faltam

Loja Colombo: rede varejista tem bons motivos para ser tão almejada pelos concorrentes (Divulgação)

Loja Colombo: rede varejista tem bons motivos para ser tão almejada pelos concorrentes (Divulgação)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 27 de setembro de 2011 às 10h00.

Última atualização em 12 de março de 2017 às 21h55.

São Paulo – Não é a primeira vez que a Lojas Colombo é alvo de especulações de que está à venda. A coluna Radar da edição desta semana de Veja afirmou que a varejista gaúcha contratou o Bradesco para buscar um comprador.

Mais uma vez, a rede negou que esteja à venda, e declarou que a relação com o Bradesco tem a ver com a sociedade que ambas as companhias possuem na financeira Crediare.

A rede não é apontada pelos especialistas como a eterna noiva do setor varejista de graça. A Colombo possui atrativos que podem interessar, e muito, os concorrentes.

Veja, a seguir, cinco motivos que explicam por que a rede é com grande frequência alvo de especulações:

Faturamento bilionário

Pouco se sabe sobre o quanto a Lojas Colombo lucra com seus negócios, pois a rede, por não ter capital aberto, não precisa publicar seus números. Mas o faturamento de mais de 1 bilhão de reais e os mais de 340 pontos de vendas espalhados por cinco estados brasileiros despertam a atenção dos concorrentes.

Se bem administrada, a receita bilionária que a varejista possui pode gerar bons ganhos e, com certeza, de olho na rentabilidade que o negócio pode oferecer, outras varejistas almejam tanto comprar a rede sulista.

Falta clareza na sucessão da companhia

Estabelecida no final da década de 50, a rede até hoje é presidida por seu fundador, Adelino Colombo, de 80 anos – e ainda não está claro quem vai sucedê-lo. Há rumores de que os quatro filhos do empresário não estão dispostos a dar continuidade ao legado do pai. Tanto que, no final do ano passado, Colombo contratou um braço-direito para assumir a função de diretor-superintendente da rede e assim diminuir a carga de trabalho e responsabilidades na companhia.


A rede é a melhor porta de entrada para o Sul

Existe um ditado no Rio Grande do Sul que diz que, onde há uma prefeitura e uma igreja, há também uma loja Colombo. A verdade é que os sulistas costumam ser fieis a redes de sua preferência, e a Colombo, há décadas, já conquistou os consumidores da região. Isso a torna a melhor forma de outras varejistas entrarem no Sul do país.

Peso no ranking do varejo brasileiro

Sempre que se fala de uma eventual aquisição da Colombo, dois rivais são lembrados: a Máquina de Vendas e o Magazine Luiza, que hoje ocupam o segundo e terceiro lugar no ranking do varejo no país. A empresa é, hoje, a quarta maior do ranking de varejo. Para a Máquina de Vendas, sua aquisição ampliaria distância do Magazine Luiza e consolidaria  seu segundo no ranking, atrás somente do grupo Pão de Açúcar.

Já se a rede presidida por Luiza Helena Trajano fechasse a operação, diminuiria a distância que a separa da Máquina de Vendas e impediria que o concorrente disparasse.

E claro, ganho de escala

Toda e qualquer negociação também visa o chamado ganho de escala e, com a compra da rede Colombo, não seria diferente. A varejista possui cerca de 340 lojas e dois centros de distribuição. Negociar descontos com fornecedores na compra de produtos ficaria mais fácil. A economia que qualquer rede poderia gerar com a compra da Colombo não é nada que se pode descartar.

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