São Paulo - Casamento não é uma coisa fácil. É preciso dedicação, tempo de amadurecimento e metas alinhadas de ambos os lados. No mundo dos negócios é a mesma coisa. Para comprar, se fundir ou adquirir uma companhia é preciso procurar com cuidado uma cara metade que tenha todos os atributos desejados - o que (muitas vezes) não acontece. Se encontrar a pessoa ou a empresa certa já é difícil, o que dizer de quem está mesmo a fim é de se unir a um problema? Fraudes, perda de foco, mercado em retração são apenas alguns motivos para manter pretendentes longe. E, apesar disso, algumas das noivas mais problemáticas do mercado são cortejadas por muitos rivais. Veja, a seguir, cinco delas:
Algumas noivas precisam ser enfeitadas para arranjar pretendentes. Outras, mesmo precisando de alguns retoques, despertam interesse de muita gente apenas pelo seu charme. É o caso da Olympus, empresa que enfrentou um escândalo contábil recente e atua no decadente segmento de máquinas fotográficas. Mas que, ainda assim, atraiu o interesse da Samsung, Sony, Panasonic e Fujifilm. O principal “dote” que a Olympus oferece a seus pretendentes é o lucro com a fabricação de equipamentos de imagem para diagnósticos médicos. Ela é líder mundial, por exemplo, na venda de aparelhos para endoscopia, o tipo de tecnologia de ponta lucrativo e visto como um mercado estável.
Quando o HSBC colocou à venda a Losango, com a decisão de abandonar o varejo popular no Brasil e se concentrar na clientela de alta renda, a financeira passou a ser cortejada pelos quatro grandes bancos do país. Com o tempo, os pretendentes foram se desmotivando até abrirem mão da empresa, com exceção do Bradesco, único a fazer uma proposta firme para um possível final feliz... que nunca chegou. O HSBC, que inicialmente esperava receber acima de 800 milhões de reais pela financeira, queria uma oferta maior. O Bradesco, por sua vez, insistia para que o HSBC assumisse todo o risco trabalhista da Losango. Tanto impasse levou as duas a desistirem de um acordo – e fez com que a Losango seguisse na mesma.
Pouco depois de vender as marcas Etti, Salsaretti e Puropure para a Bunge Brasil, em dezembro, a Hypermarcas passou a ser alvo de uma especulação do mercado. O boato era de que o BTG Pactual teria feito uma oferta para comprar 1 bilhão de reais em ações da empresa para ter uma participação dentro do bloco de controle.
Por comunicado, o BTG negou que tivesse feito uma oferta hostil, pois essas práticas são contrárias às suas políticas de atuação - mas não descartou a possibilidade de uma oferta. Apesar de negarem as conversas, a Hypermarcas continua na boca do povo.
Ícone de modernidade e sofisticação (no passado), os aparelhos BlackBerry da Research in Motion (RIM) tem enfrentado uma disputa nada fácil (sobretudo para a RIM) com as rivais fabricantes de smartphones. Tanto que os resultados apresentados pela companhia no terceiro trimestre do ano passado decepcionaram, a ponto das ações caírem para o menor nível em oito anos. Uma das saídas estudadas pela companhia para sair do sufoco, de acordo com o Wall Street Journal, seria a venda de ações para a Microsoft e Nokia. As empresas negam que as negociações estejam acontecendo nos últimos meses, como dizem fontes de mercado. Mas o fato é que a companhia precisa acalmar o ânimo dos acionistas, que cobram ações mais ousadas, seja por meio de uma nova gestão, seja com a venda da empresa.
Alguns casamentos servem, por que não?, para as partes colocarem as suas contas em ordem e terem uma vida mais promissora. É o caso do Yahoo, empresa que um dia foi a líder da Internet, e que hoje se encontra em uma situação cada vez mais apertada de concorrer com pesos-pesados da Internet, como Google e Facebook. O grupo está pensando em vender a maior parte de seus valiosos ativos asiáticos em uma complexa transação avaliada em 17 bilhões de dólares. O conselho não está interessado em ofertas por toda a empresa, a essa altura – apesar das cantadas do Alibaba, da Blackstone e até da Microsoft.
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Levantamento também apontou que 87,9% dos consumidores planejam realizar compras na Black Friday, enquanto 41,1% indicam a intenção de comprar no Natal