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Apresentado por EDB SINGAPORE

5 motivos para levar sua empresa para o Sudeste Asiático

Com um enorme público consumidor e economia em ascensão, os países do Sudeste Asiático estão na mira de empresários que querem expandir seus negócios

Singapura (Kinsei-TGS/Getty Images)

Singapura (Kinsei-TGS/Getty Images)

O cenário é animador: com 622 milhões de habitantes e uma classe média que aumentou de 50 milhões para 300 milhões de pessoas em dez anos, a Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) – formada por Indonésia, Malásia, Tailândia, Filipinas, Singapura, Brunei, Myanmar, Camboja, Laos e Vietnã – é a terceira maior economia do continente asiático. Aberta aos investimentos e porta de entrada para os países que mais crescem no mundo, a região tem um PIB de 2,4 trilhões de dólares, com crescimento médio de até 6% ao ano.

Singapura, por exemplo, lidera o ranking Doing Business, do Banco Mundial, que mede a facilidade de se fazer negócios em todo o mundo. A cidade-estado já desbancou a China e hoje é o local com a maior concentração de sedes de multinacionais, que gerenciam suas operações na Ásia a partir de lá.

“Este é o momento de avaliar as oportunidades de negócios do Sudeste Asiático”, diz Thomaz Zanotto, diretor do departamento de relações internacionais e comércio exterior da Fiesp. “O potencial tanto consumidor quanto de produção é enorme. A Asean é a nova China.” Veja a seguir alguns motivos para investir na região.

Ambiente globalizado
Enquanto o protecionismo e a ascensão de partidos de extrema direita geram instabilidade na Europa, o governo americano de Donald Trump – o maior risco político global, segundo a consultoria Eurasia – pode afetar a economia local. Uma análise da seguradora de risco Coface mostra que a taxação de 20% aos produtos mexicanos e de 45% aos chineses pode desencadear uma guerra comercial e aumentar os preços aos consumidores americanos, afetando principalmente a população mais pobre.

Diante desse cenário, a Asean surge como polo globalizado, com a fonte primária proveniente de exportação. As multinacionais que estão na região preveem que a maior parte de suas receitas venha do Sudeste Asiático nos próximos três anos, devido à proximidade com países em aceleração econômica, como a Índia, e ao enorme mercado consumidor.

“O comércio do Sudeste Asiático é composto principalmente pela China, o motor da região”, diz o embaixador Fausto Godoy, coordenador do núcleo de estudos e negócios asiáticos da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

O banco JP Morgan é exemplo disso. Há mais de 50 anos na região, a instituição indicou em uma de suas análises como o local evoluiu, criando oportunidades de negócios de qualidade e baixo custo. “Enxergamos um futuro brilhante para a Asean, à medida que os países se esforçam para melhorar a competitividade”, disse, no relatório, Pravin Advani, chefe de vendas, produtos globais e empréstimo do banco.

Potencial de crescimento em médio e longo prazo
Um dos principais focos de Investimento Estrangeiro Direto (IED), os países do Sudeste Asiático atraíram 121 bilhões de dólares em 2015, o equivalente a 7% do total dos investimentos globais. O alto índice é um dos motores para o bom desempenho econômico dos últimos oito anos.

Para 2017, a expectativa de crescimento para a região é de 4,8%, segundo a consultoria Focus Economics. A consultoria McKinsey projeta a Asean como a quarta maior economia global até 2050. Entre os fatores determinantes estão o crescimento sustentável, a diversificação de mercado e o aumento de consumo.

Classe média em ascensão
O poder de compra da população tem aumentado exponencialmente com o crescimento da classe média, à medida que a região erradica a pobreza. Atualmente, mais de 67 milhões de famílias integram a classe consumidora. Para 2025, a expectativa é que o número duplique para 125 milhões. O reflexo desse boom na região foi notado no período posterior à crise financeira de 2008 e 2009, quando o consumo interno ajudou na recuperação dos países da Asean.

No Vietnã, por exemplo, o poder de compra da população em áreas urbanas impulsionou o investimento em lojas de varejo sofisticadas. Para os próximos três anos, são previstos até 300 novos supermercados, assim como 1 500 lojas de conveniência. O potencial de expansão e de oportunidades de negócios no setor é alto: cerca de 20% a 25% das despesas dos vietnamitas vêm dessas lojas, enquanto, em países como Malásia, Tailândia e China, o consumo é de 53%, 46% e 64%, respectivamente.

Mão de obra qualificada
Segundo Godoy, da ESPM, além da capacidade econômica da região, a alta oferta de bons profissionais atrai as multinacionais. Devido ao processo de industrialização correto e à alta demanda tecnológica, os produtos manufaturados são responsáveis por 24,1% das exportações da região, atrás apenas de serviços, com 62,1%.

“Isso vem desde o pós-guerra, quando as multinacionais passaram a buscar mão de obra qualificada e barata”, diz. “Os países da Asean eram ex-colônias europeias. A industrialização na região acelerou a produção de novos produtos e o desenvolvimento tecnológico.”

Um relatório elaborado pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) publicado no fim de 2016 indica que a Ásia foi responsável por 90% das exportações de manufaturados para o mundo e por 94% do comércio Sul-Sul de manufaturas.

Infraestrutura avançada
Com dois entre os dez países com a infraestrutura mais moderna do mundo, de acordo com o Banco Mundial, a Ásia é a única região cuja previsão de investimento no setor é de, aproximadamente, 1 trilhão de dólares ao ano até 2020. A demanda pelo desenvolvimento urbano desencadeia o processo. Para comportar a população crescente, o setor deve fazer o mercado movimentar até 5 trilhões de dólares em 2025.

A região também deve integrar a lista das cinco economias com maior potencial digital até 2025. Espera-se que o desenvolvimento tecnológico adicione 1 trilhão de dólares ao PIB do Sudeste Asiático nos próximos dez anos. A revolução digital tem um motivo: a penetração de smartphones cresce em ritmo acelerado e já alcança mais de 35% da população.

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