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5 estilos de liderança e quando eles funcionam melhor

Lista foi elaborada pelo professor George Kohlrieser, da escola de negócios suíça IMD, uma das mais importantes do mundo


	Liderança: para cada momento e objetivo, há um estilo de gerir que se encaixa melhor
 (ThinkStock)

Liderança: para cada momento e objetivo, há um estilo de gerir que se encaixa melhor (ThinkStock)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 20 de agosto de 2016 às 08h01.

São Paulo - Tomar decisões, direcionar a equipe e comandar projetos são algumas das atribuições de um líder.

Não existe, porém, uma fórmula única para executar essas tarefas com sucesso. Dependendo do objetivo a ser alcançado, o estilo da chefia pode variar – e muito.

O professor George Kohlrieser, da escola de negócios suíça IMD, uma das mais importantes do mundo, criou um guia com cinco tipos de liderança, indicando para quais situações eles funcionam melhor.

O trabalho foi baseado em conceitos definidos pelo psicólogo e consultor Daniel Goleman e foi cedido com exclusividade a EXAME.com.

Veja abaixo:

1. Liderança coercitiva

O que é: é aquele estilo de liderança retratado no ditado "manda quem pode, obedece quem tem juízo". É marcado por controle e comando.

Funciona? Sim, mas nó no curto prazo. "Ameaças funcionam se você aumentar o grau delas cada vez mais. Quando líderes coercitivos ficam sem ameaças novas, eles não conseguem fazer as coisas", escreve Kohlrieser.

Deve ser usado? É uma boa alternativa para situações de crise, para ajudar no início de uma recuperação ou solução de um problema. Mas, se o líder sabe demonstrar seu "senso de confiança e autenticidade", provavelmente não precisará disso, reforça o professor.

2. Liderança confiante

O que é: é marcado pela habilidade do líder de inspirar outras pessoas a confiar em sua visão e segui-la por vontade própria. É um estilo "forte, positivo e visionário", nas palavras de Kohlrieser, e que exige um vínculo forte baseado na confiança.

Funciona? Sim, pois a equipe confia na ligação que tem com o líder e, por isso, irá segui-lo. É um tipo de liderança crucial quando uma nova visão é exigida ou quando é necessária uma direção clara.

Deve ser usado? Sim. É a melhor forma que os chefes têm para conseguir que seus subordinados atinjam alto desempenho no longo prazo, segundo o especialista.

3. Liderança afiliativa

O que é: é um tipo de liderança que coloca as pessoas em primeiro lugar e evita conflitos.

Funciona? É efetivo para curar feridas em equipes divididas e para motivar durante períodos de estresse. Mas, por outro lado, "líderes afiliativos podem ter dificuldades em dar feedbacks duros ou chamar a atenção", pondera o professor.

Deve ser usado? Com parcimônia. Kohlrieser lembra que o estilo tem pontos positivos, mas que o líder precisa ter uma postura mais confiante quando uma ação crítica for necessária.

4. Liderança democrática

O que é: é o viés seguido pelo chefe que considera a opinião de todos e espera um consenso para tomar decisões.

Funciona? Pode até dar certo, mas com ressalvas. Esperar que todos participem para decidir algo pode demorar muito e criar uma "burocracia terrível". Mas pode ser positivo nas organizações que conseguirem simplificar a democracia para que ela não impeça o progresso, diz o professor.

Deve ser usado? Em partes. Algumas características desse estilo podem ser combinadas com as da liderança confiante. Nas equipes em que as pessoas confiam umas nas outras e nos seus líderes, cada funcionário está disposto a permitir que os demais tomem decisões em seu nome, mas também a opinar quando for preciso.

5. Liderança de ritmo

O que é: é o clássico modo do líder que pressiona o time por meio da definição de metas duras.

Funciona? Depende. Se a equipe for altamente motivada, pode ser eficaz para trazer resultados rápidos. Se combinado com empatia e compaixão, pode ajudar a desenvolver a equipe; sem esses pontos, terá inevitavelmente um efeito negativo, escreve Kohlrieser.

Deve ser usado? Sim, desde que seja no curto prazo e que esteja aliado à empatia e compaixão. "Caso contrário, não use", adverte o especialista.

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