São Paulo – Nesta quinta-feira, a japonesa Fujifilm anunciou que vai parar de produzir rolos de filme para a indústria cinematográfica, diante do avanço da tecnologia digital. Para uma companhia que tem filme até no nome, não deixa de ser um passo significativo. De momentos de profunda crise e reestruturação ao esgotamento do mercado, há vários motivos que podem levar uma empresa a abandonar aquilo que já foi o seu maior negócio. Clique nas fotos e veja cinco companhias que desistiram do produto com o qual fizeram fama – e fortuna – mundial.
A holandesa Philips é outra empresa que não resistiu à mudança da tecnologia. A companhia iniciou a produção de televisores em 1950 e entrou no mercado de TVs a cores em 1962. Durante muitos anos, foi uma das líderes do setor, com participação de mais de 10% no mundo. Em abril do ano passado, porém, a Philips jogou a toalha e trasnferiu a produção de televisores para a TPV, de Hong Kong. Para isso, montou uma parceria na qual os chineses têm 70% do capital, com opção de comprar a parte da Philips no futuro. A TPV também adquiriu a licença de usar a marca Philips por alguns anos. A empresa não resistiu ao avanço dos fabricantes asiáticos, como a coreana Samsung. Entre 2007 e 2011, o negócio de TV acumulou perdas de 1 bilhão de euros – e sua fatia de mercado mundial era de 3%.
3. Kodak deixa o negócio de fotografiazoom_out_map
3/6(Kodak)
Não há trintão ou quarentão que não tenha, pelo menos, um álbum de fotos batido com um filme da Kodak. Por muitos anos, a empresa era praticamente sinônimo de filmes e câmeras fotográficas – e sua rival mais próxima era a japonesa Fujifilm. O avanço das câmeras digitais, porém, jogou a Kodak em uma profunda crise. No início do ano, a empresa pediu recuperação judicial e tomou uma decisão radical: pôs à venda seu negócio de filmes fotográficos, além de mais de 1.000 patentes. A ideia, agora, investir em impressoras.
4. Activision tira a guitarra da tomadazoom_out_map
4/6(Célio Yano/EXAME.com)
A Activision, que fez fama no mercado mundial de games com o jogo de música Guitar Hero, tomou uma decisão radical em fevereiro do ano passado – parar de fabricá-lo. O motivo, segundo a empresa, é que os jogos musicais estão em perdendo popularidade. Além disso, a produção de Guitar Hero era cara, segundo a Activision, pois incluía a fabricação dos equipamentos, como as guitarras, e o licenciamento das músicas.
O Playcenter, que já foi o maior parque de diversões do país, fechou as portas no final de julho, após quase 40 anos em operação na capital paulista. O local passará por um ano de reforma e será reaberto com um novo foco: o público infantil. Especialistas avaliam que a reestruturação é motivada pela dificuldade de o Playcenter continuar atraindo o público adolescente e de jovens adultos, diante da concorrência de outros meios de lazer, como os jogos eletrônicos.
No Brasil, a Lexmark é conhecida do grande público por suas impressoras a jato de tinta. Também em crise, com faturamento e lucro em queda, a empresa decidiu justamente encerrar a produção desses equipamentos em 2013. Uma fábrica nas Filipinas será fechada, 1.700 pessoas devem ser demitidas e a companhia espera economizar cerca de 95 milhões de dólares por ano com as medidas.
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