(Justin Sullivan/Getty Images)
Estagiária de jornalismo
Publicado em 20 de outubro de 2025 às 15h54.
Nos bastidores de algumas das empresas mais valiosas do mundo, existem histórias pouco contadas de projetos que deram errado, startups que não decolaram e até mesmo, ideias que não encontraram o caminho certo.
Em um ambiente onde o sucesso é frequentemente medido pelo valor de mercado ou pelo retorno ao acionista, histórias de fracasso costumam ser vistas como tabu.
Mas, no universo das finanças corporativas, entender a trajetória completa de grandes fundadores, com seus erros e recomeços, é essencial para compreender o verdadeiro custo (e valor) da inovação.
De Reid Hoffman (LinkedIn) a Steve Jobs (Apple), passando por Bill Gates, Travis Kalanick e outros, muitos dos nomes do empreendedorismo mundial falharam antes de vencer.
E essas falhas não foram obstáculos definitivos, — mas aprendizados estratégicos que alimentaram decisões mais precisas, produtos mais relevantes e modelos de negócios mais robustos no futuro. As informações são da Inc.
Antes de criar o LinkedIn, — plataforma adquirida pela Microsoft por US$ 26,2 bilhões, em 2016 — Reid Hoffman apostou em uma rede social chamada SocialNet, em 1997.
A proposta era ambiciosa: combinar amizade, relacionamento e networking, mas o mercado não estava pronto.
Além disso, a base de usuários era pequena e a tecnologia, limitada, levando o projeto ao fim em 2000, e Hoffman devolveru todo o dinheiro investido pelos acionistas.
Três anos depois, ele co-fundaria o LinkedIn, com uma proposta mais ajustada ao comportamento digital da época.
A experiência anterior, segundo ele, foi fundamental para construir um produto com viabilidade de mercado e escalabilidade real.
A Apple nasceu como uma empresa inovadora, mas a trajetória de Jobs dentro dela não foi linear.
Em 1985, ele foi afastado da própria empresa após uma disputa de liderança.
Fundou a NeXT, que fracassou comercialmente, mas foi justamente essa empresa que a Apple adquiriu em 1997, trazendo Jobs de volta como CEO.
Essa segunda fase foi decisiva: com uma nova perspectiva e mais maturidade, Jobs conduziu a Apple à criação de produtos como o iMac, iPod, iPhone e iPad, posicionando a companhia como uma das maiores do mundo, com valor de mercado superior a US$ 3,6 trilhões.
“Ser demitido da Apple foi a melhor coisa que poderia ter me acontecido”, disse Jobs em um discurso na Universidade de Stanford, em 2005.
Antes da fundação da Microsoft, Bill Gates e Paul Allen criaram o Traf-O-Data, um sistema para processar dados de tráfego em cidades.
O projeto funcionava, mas foi rapidamente substituído por um serviço gratuito oferecido pelo governo, o que tornou o modelo de negócios insustentável.
Apesar disso, os dois fundadores afirmaram que a experiência técnica e operacional adquirida na startup foi decisiva para que pudessem construir a Microsoft com um produto mais escalável, sustentável e alinhado ao mercado de tecnologia emergente nos anos 1980.
Antes da Uber, Kalanick enfrentou dois fracassos importantes.
O primeiro, com a Scour, uma plataforma de compartilhamento de arquivos, terminou com um processo bilionário por violação de direitos autorais e pedido de falência.
O segundo, com a Red Swoosh, teve dificuldades, mas foi vendido à Akamai por um valor modesto.
A experiência acumulada levou Kalanick à fundação da Uber, em 2009 — hoje avaliada em dezenas de bilhões de dólares.
Mesmo após deixar o cargo de CEO em 2017, Kalanick reapareceu como CEO da CloudKitchens, startup de infraestrutura para delivery de alimentos.
Ao analisar o histórico de grandes fundadores, percebe-se que a trajetória de sucesso raramente é linear.
Antes dos valores de mercado bilionários, há planilhas de prejuízo, apresentações da empresa recusadas, protótipos mal recebidos e escolhas que precisaram ser revistas.
Para líderes financeiros e investidores, a mensagem é que: nem todo fracasso representa desperdício de capital, — alguns são, na verdade, investimentos em aprendizado que retornam em forma de inovação, performance e vantagem competitiva.
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