São Paulo - O que você faria para salvar a empresa onde trabalha? Alguns CEO terão que abrir mão de bonificações milionárias para tentar reverter prejuízos somados pelas companhias para as quais trabalham. Em alguns casos, a situação é tão delicada, que a iniciativa de abrir mão do benefício parte dos próprios executivos; em outras, no entanto, existe pressão do mercado para que os CEOs abdiquem do bônus.
Clique nas fotos e veja cinco exemplos de CEOs que correm sérios riscos de ficar sem bonificação:
Nesta semana, a Sony anunciou que planeja demitir 10.000 funcionários nos próximos dois anos. A decisão de reduzir o número de funcionários em todo o mundo faz parte do plano de reestruturação da companhia. E diante de tantas demissões, os executivos da companhia, incluindo Kazuo Hirai, CEO da Sony, estudam abrir mão dos próprios bônus referente ao ano passado. Nos últimos quatro anos, a Sony vem acumulando prejuízos e uma das estratégias da companhia é de racionalizar a empresa, mas sem deixar de lado investimentos em inovação.
Em fevereiro deste ano, após a Rio Tinto ter registrado resultados financeiros ruins em 2011, Tom Albanese, CEO da companhia, renunciou a qualquer tipo de bonificação referente ao ano passado. Segundo o executivo, a decisão era a mais apropriada a ser feita diante das circunstâncias. Albanese, em 2010, entre salários, bonificações e benefícios, recebeu cerca de 3 milhões de dólares como CEO da Rio Tinto.
Após acumular perdas duas vezes maiores em 2011 na comparação com o ano anterior, Stephen Hester, CEO do Royal Bank of Scotland (RBS), anunciou que abriria mão do bônus de quase 1 milhão de libras. Em 2011, o RBS acumulou perdas de 3,1 bilhões de dólares. Diante do cenário incerto, o banco anunciou que nos próximos três anos deve demitir cerca de 3.500 funcionários.
Cerca de 1 milhão de libras foi recusado também por Andy Green, ex-CEO da Logica, empresa inglesa de prestação de serviços. O executivo abriu mão da bonificação e logo em seguida pediu demissão da companhia. Em 2011, o lucro da companhia cai mais de 50% na comparação com o ano anterior, somando pouco mais de 114 milhões de libras.
6. Carlos Migoya, da Jackson Health Systemzoom_out_map
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Depois de demitir mais de 1.100 empregados, Carlos Migoya, CEO da Jackson Health System, rede americana de hospitais, abriu mão da bonificação que receberia referente a 2011. Em um comunicado divulgado à imprensa, o executivo, que não revelou o valor do bônus, disse que usaria esse dinheiro para a construção de novos quartos hospitalares.
Middle East Airlines permanece operando no Líbano, mesmo diante de bombardeios e tensões com Israel e Hizbollah, consolidando-se como "a companhia mais corajosa do mundo".