São Paulo – As últimas semanas foram um calvário para Scott Thompson, cujo currículo foi desmascarado por Daniel Loeb, um dos maiores acionistas do Yahoo!. Uma graduação em Ciências da Computação constava entre suas qualificações – mas ele nunca a cursou. O episódio levou Thompson a se demitir da presidência do Yahoo!. Para Adam Hartung, colaborador da revista americana Forbes, embora grave, o caso de Thompson está longe de ser o pior. O articulista listou cinco executivos que já deveriam ter sido demitidos há tempos. Clique nas fotos e veja quem são:
Para Hartung, John Chambers foi um bom CEO para a Cisco na época das vacas gordas. Comandando a empresa desde 1995, o executivo viu o valor das ações bater no teto em 2001. Desde então, porém, mostrou-se incapaz de conduzi-la em meio à crise e à mudança de tecnologia, com o avanço da computação em nuvem. Segundo o articulista da Forbes, as três reestruturações efetuadas por Chambers nesse período se parecem mais a “rearranjar as cadeiras no deck do Titanic”. Os investidores perceberam – e a empresa vale, hoje, apenas 24% do que valia em 2001.
Quem pensaria em demitir Jeffrey Immelt, o sucessor de Jack Welch na General Electric? Bom, Hartung é um deles. Em sua opinião, sob Immelt, a GE perdeu aquilo que mais a caracterizava: o poder de criar e inovar mercados. Immelt careceria da capacidade de inspirar a GE e de lhe dar um rumo, em meio ao avassalador avanço da tecnologia nos dias de hoje.
Mike Duke não deve cair por maus resultados financeiros. O problema, segundo Hartung, seria ético: antes de assumir o comando global do Walmart, em 2009, Duke era o diretor da área de negócios internacionais da empresa. Agora, a empresa é suspeita de, sob seu comando, subornar autoridades mexicanas para acelerar a expansão local. A suspeita colocaria o Walmart na contramão de uma lei dos Estados Unidos que impede que empresas que operem no país pratiquem qualquer ato ilícito, como o pagamento de propinas.
Edward Lampert é o presidente do conselho de administração da Sears, e não seu presidente executivo, mas isso não o poupou da mira de Hartung. O colunista da Forbes afirma que, na prática, é ele quem dá as cartas na rede de varejo – e o responsável por torná-la “irrelevante” no cenário mundial. Faltaria a Lampert visão estratégica. Além disso, ele consumiria muito tempo em uma prática condenável para qualquer executivo: a famigerada microgestão.
Steve Ballmer, o presidente da Microsoft, vai colocar à prova sua auto-estima se ler o que Hartung escreveu sobre ele. A expressão mais leve que o colunista da Forbes utiliza é “o pior CEO de uma companhia aberta americana hoje”. Sob o comando de Ballmer, a Microsoft teria ignorado alguns dos mercados mais lucrativos ou promissores de nosso tempo, como o de música digital e tablets. Além disso, teria envolvido parceiros, como a Dell e a Nokia, em estratégias equivocadas que dragaram também os ganhos dessas companhias.
Desmonte de usinas hidrelétricas após o fim da vida útil pode trazer benefícios permanentes para o meio ambiente, mas pode ter impactos negativos no curto prazo.
O jornalista foi o último brasileiro a entrevistar o piloto, homenageado pela Heineken no espaço da marca no Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 deste ano