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1. Bilionário
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1/46 (Roberto Nemanis/Divulgação)
Não há ninguém mais famoso do que
Silvio Santos no Brasil, definiu a
Forbes aos seus leitores poucos dias antes de divulgar a lista de bilionários que incluía o apresentador e empresário pela primeira vez. Com
uma fortuna estimada de US$ 1,3 bilhão, Silvio aparece em 1107º lugar no ranking dos mais ricos do mundo e em 36º entre os mais ricos do país. Por toda a sua história, ele não é comparado pela revista aos demais
bilionários brasileiros da lista – entre eles, os irmãos Marinho, donos da Rede Globo - mas à celebridade Oprah Winfrey e aos diretores de cinema e produtores Steven Spielberg e George Lucas. Nada mal para quem começou a vida como camelô. Conheça um pouco mais sobre a história de Silvio Santos a seguir.
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2. Infância
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2/46 (Contigo)
Filho de Alberto e Rebeca, Senor Abravanel, que depois adotou o nome de Silvio Santos, nasceu em 12 de dezembro de 1930 na travessa Bentevi, no tradicional bairro da Lapa, no Rio de Janeiro. Ele tinha cinco irmãos: Beatriz, Perla, Sara, Henrique e Léo. Mas era com Léo, seu irmão mais novo, que ele fazia uma das coisas que mais gostava, já por volta dos dez anos: assistir às sessões de cinema na Cinelândia, no Rio. Sempre davam um jeito de não pagar. Um dia em que acordou com febre, foi proibido de ir ao cinema pela mãe e chorou para convencê-la a sair, sem sucesso. No dia seguinte, Silvio descobriu que o cinema havia pegado fogo e deixado várias pessoas feridas.
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3. Camelô
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3/46 (J Ferreira da Silva/Intervalo)
Na adolescência, Silvio pensava em como ganhar dinheiro para ajudar a família – sua mãe era muito severa e o pai gastava boa parte do que ganhava em jogos. Foi quando ele viu um homem que vendia capinhas de plástico para guardar títulos de eleitor nas ruas do Rio de Janeiro, durante as eleições de 1946. Disposto a fazer o mesmo, passou a vender porta-títulos e canetas nas ruas do Rio, ao mesmo tempo em que cursava a escola – depois acabou se formando em Contabilidade. Chamava a atenção das pessoas com o som de moedas e o embaralhar de cartas.
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4. Auto-falante
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4/46 (J Ferreira da Silva)
Silvio ainda trabalhava como camelô quando teve de, aos 18 anos, servir o exército – mais precisamente a Escola de Paraquedistas e, sim, ele chegou a dar alguns saltos. No dia de folga, aos domingos, ele trabalhava de graça como locutor de uma rádio no Rio de Janeiro, trabalho que ele continuou exercendo por um bom tempo.
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5. Transporte lucrativo
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5/46 (Paulo Salomão/Contigo)
De emissora em emissora, foi trabalhar em uma estação de rádio de Niterói, onde ele tinha de ir e voltar da casa para o trabalho de barca. Depois de tanto fazer o trajeto em silêncio, teve a ideia de colocar música no transporte. Pediu demissão da rádio e apostou todo seu dinheiro na novidade que o tornou corretor de anúncios pelo alto-falante. Deu tão certo que a novidade ganhou incrementos com o tempo, um bar e um bingo, em uma barca de trajeto para Paquetá. Claro que, ali, ele já treinava seus dons de animador – de jogos, no caso.
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6. Locutor por acaso
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6/46 (Sergio Sade/Dedoc)
Aos 20 anos, Silvio decidiu tentar a vida na capital paulista. Sem trabalho, dinheiro, nem amigos na cidade, ficou em um hotel no centro. Um dia, por acaso, encontrou em um bar na esquina da Avenida São João com a Ipiranga um amigo que havia trabalhado em uma emissora com ele. Ficou, então, sabendo de concurso de calouros, mas não pôde se inscrever porque já havia trabalhado na área. Acabou se candidatando a uma vaga de locutor e foi aceito.
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7. Hebe por acaso
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7/46 (Divulgação)
Tentou trazer seu bar da barca de Rio para São Paulo, sem sucesso. Seu sócio no negócio era Ângelo Pessuti, casado com a irmã de Hebe Camargo, Maria de Lourdes. Nascia, a partir daí, sua amizade de anos e anos com a futura apresentadora mais querida do país.
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8. Passatempos
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8/46 (ANTONIO CRUZ)
Apesar de já trabalhar como locutor, o primeiro contrato na área só seria assinado por Silvio em 1954, com a Rádio Nacional de São Paulo, por um salário que mal dava para pagar todas as contas do futuro empresário. Para engordar o orçamento, ele criou uma revista que reunia palavras cruzadas, charadas e passatempos para ser vendida por ele nos comércios, a “Brincadeiras para Você”. Ele ainda trabalhava também como corretor de anúncios e animador de shows de circo.
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9. Peru que fala
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9/46 (Paulo Salomão/Contigo)
Além da risada inconfundível, o futuro bilionário ainda ficava vermelho sempre que se envergonhava e, por isso, ganhou o apelido de “peru que fala”, na década de 50. Foi sempre chamado assim pelos colegas desta época até longa data, como Ronald Golias e Manoel de Nóbrega, ambos já falecidos. Também neste período, Silvio foi chamado para trabalhar como animador em um programa de grande audiência na Rádio Nacional comandado por Manoel.
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10. Baú de presente
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10/46 (Paulo Salomão/Contigo)
Em 1958, segundo informações do site do SBT, Manoel de Nóbrega vivia uma situação complicada na administração do carnê que havia criado, o Baú da Felicidade. O produto, vendido a pessoas dispostas a pagar mensalidades para obter produtos ao final de 12 meses, estava dando prejuízo e, para reverter a situação, Manoel precisava de alguém que soubesse gerenciá-lo melhor. Passou a missão para quem mais confiava: Silvio Santos. Estabilizada a situação, Manoel reconheceu o empenho do amigo e deu de presente a ele o Baú da Felicidade.
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11. Arca de dinheiro
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11/46 (Roberto Nemanis/Divulgação)
No ano seguinte, Silvio registrou o Baú e a empresa começou a operar na rua 13 de maio, em São Paulo. O empresário passou a cuidar da divulgação do carnê nos shows que fazia no circo, iniciativa que ajudou a tornar o Baú mais popular e, com o tempo, tornar a potência de negócio que é hoje.
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12. Estreia na TV
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12/46 (Paulo Salomão/Contigo)
Em 1961, ele estrou o primeiro programa na TV, o “Vamos Brincar de Forca”. Deu tão certo, que decidiu comprar duas horas de espaço na TV Paulista (futura Globo) para fazer um programa seu de domingo – programa que se tornaria o “Programa Silvio Santos” e uma das maiores vitrines que seu carnê do Baú da Felicidade poderia ter para ser divulgado. No ano seguinte criou a agência Publicidade Silvio Santos.
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13. Troféu Imprensa
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13/46 (Arnaldo Silva/TITITI)
O Troféu Imprensa, criado por Plácido Manaia Nunes, foi dado a Silvio Santos pela primeira vez em 1964. O apresentador ganhou o prêmio outras várias vezes até começar a ele mesmo apresentar a premiação, em 1971, até levá-la para seu próprio canal de TV anos depois.
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14. Vários canais
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14/46 (Divulgação)
Além do programa na TV Paulista, Silvio passou a apresentar outra atração na TV Tupi, que teve alguns nomes até ser batizada de “Silvio Santos Diferente”. A TV Paulista passou a ser a TV Globo, em 1965, e seu programa, mesmo com a mudança continuou no ar. Nesta época, a maior audiência era da “Jovem Guarda”, programa da Record, apresentado por Roberto Carlos.
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15. Imagem popular
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15/46 (Reprodução Contigo)
Em 1971, de acordo com informações do site do SBT, o contrato de Silvio com a TV Globo acabou e só seria renovado com a condição do apresentador mudar a maneira “popular” de apresentar seu programa. A ideia não agradou Silvio que, sem sucesso, tentou comprar ações da Record na tentativa de ter sua própria emissora. Um dia, o apresentador recebeu uma ligação de Roberto Marinho dizendo para ele continuar na emissora do jeito que já estava, pois gostava de seu estilo. Silvio, então , ficou mais cinco anos por lá.
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16. Surpresas no ar
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16/46
Depois de deixar a Record, Manoel de Nóbrega começou o quadro “A Praça da Alegria” dentro do Programa Silvio Santos. Na estreia, Silvio faz uma homenagem surpresa ao amigo de longa data e se emociona ao relembrar o começo do Baú da Felicidade - imagens da época da concessão do SBT ao empresário, como essas ao lado, foram transmitidas no programa.
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17. Estúdio próprio
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17/46 (Antonio Milena/Veja)
Silvio ficou sabendo que não teria espaço nos canais de TV para seu programa e, por conselho de um amigo, passou a pensar cada vez mais em ter sua própria emissora. Tentou obter a concessão da TV Excelsior, em São Paulo, sem sucesso e criou depois os Studios Silvio Santos de Cinema e Televisão, no bairro paulistano da Vila Guilherme, com o objetivo de produzir seus próprios projetos, como comerciais, vendas de atrações e programa.
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18. A concessão
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18/46 (Paulo Salomão/Contigo)
Em outubro de 1975, Silvio Santos venceu a concorrência para o Canal 11, do Rio de Janeiro, aberto pelo General Geisel. A assinatura da compra da emissora aconteceu em 22 de dezembro de 1975 e a primeira transmissão em 14 de maio de 1976. A emissora começou a operar com 13.600 funcionários (já contando os empregados do Baú da Felicidade e Studios Silvio Santos) e exigiu um investimento inicial de 10 milhões de dólares do empresário.
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19. Nasce o SBT
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19/46
“Neste momento está no ar a TVS, canal 4 de São Paulo”, afirma Silvio Santos na estreia de sua
emissora de TV, que depois viria a se chamar
SBT (Sistema Brasileiro de Televisão). Por ter sido apelidada pelos paulistas de Tevê do Silvio Santos, ele fez questão de ressaltar que a sigla S do nome se referia a Studio Silvio Santos. “Para minha mulher, Cida, quero deixar claro que não há motivo para se preocupar... o trabalho vai aumentar, mas eu dirijo meu trabalho, não é ele quem me dirige”, disse ele ainda.
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20. Ao mesmo tempo
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20/46 (Carlos Namba/Veja)
Em 1976, o empresário comprou 50% das ações da TV Record (anos depois vendida aos atuais donos da emissora). Por conta disso, passou a apresentar o “Programa Silvio Santos”, ao mesmo tempo, nas TVs Tupi, Record e TVS. Em 1981, o presidente João Figueiredo anunciou que Silvio Santos havia ganhado a concessão de quatro canais, o que viraria então a formar o Sistema Brasileiro de Televisão.
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21. Irreverência no palco
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21/46
São inúmeras as cenas memoráveis de improviso e gargalhadas que a combinação do programa ao vivo mais os improvisos e gargalhadas de Silvio proporcionaram em seus anos no ar. Ele já caiu algumas vezes na piscina de água usada para gincanas em seu programa (veja vídeo), teve suas calças caídas até os joelhos enquanto gargalhava da situação, caiu de um burrinho no palco, recebeu xingamentos de convidados e nunca escondeu o rosto embasbacado pela presença de belas mulheres.
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22. Família
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22/46 (Samuel Chaves/Photo Press)
Em abril de 1977, a esposa de Silvio, Cidinha, morreu aos 39 anos de um câncer no aparelho digestivo, uma doença que havia se manifestado em 1973. Com a ela, o empresário teve duas filhas, Cíntia e Silvia. Anos depois, em 1981, ele se casou em sua casa com Íris Pássaro, uma funcionária do Baú da Felicidade. Com ela teve outras quatro filhas: Daniela, Patrícia, Rebeca e Renata. “A maior tristeza foi a morte da minha esposa chamada Cida, aos 39 anos de idade, de câncer no estomago. A minha maior alegria foi ter conhecido a minha esposa Iris, mãe das minhas quatro filhas”, disse ele em entrevista.
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23. Supostos filhos
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23/46 (Divulgação)
A fama acabou rendendo a Silvio alguns testes de paternidade – nenhum comprovado – requeridos por pessoas de várias idades e partes do país. Um deles foi o feito pela Carmem Silva Lorena (foto ao lado).
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24. Família Nóbrega
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24/46
Assim como fez com o pai de Carlos Alberto de Nóbrega anos antes, Silvio “invadiu” a estreia do programa “A Praça É Nossa”, comandada pelo amigo, no SBT. No programa ele se emocionou ao relembrar a importância da amizade de Manoel, tanto para ganhar o Baú da Felicidade, como para apoiá-lo na conquista da concessão de uma emissora própria. No final do ano passado, no entanto,
em uma entrevista à Veja, Carlos Alberto revelou que descobriu na análise que Silvio Santos não é seu amigo de verdade e que tem pena deve porque ele é infeliz. Disse ainda que passou onze anos sem falar com Silvio depois da morte de seu pai porque o “envenaram” com a fofoca de que o apresentador havia tomado ações que pertenciam a Manoel. Eles teriam feito às pazes na tal invasão de Silvio, na estreia da “Praça” no SBT.
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25. Miami
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25/46 (João Santos/Contigo)
A fama incontestável em todo o país fez com que Silvio não encontrasse mais um momento de “paz” pelas ruas de São Paulo, onde vive, ou em qualquer outra capital brasileira. Uma vez declarou que uma das coisas que não gostava era ter de pedir lanches do McDonald´s e sempre ter de comê-los frios, por não poder ir até a lanchonete. A solução, dada por ele há anos para continuar fazendo coisas do dia-a-dia, foi comprar uma casa no condomínio Celebration, em Miami, um dos lugares que ele mais visita em dias de descanso.
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26. Sem perfumes
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26/46 (Luizinho Coruja/Contigo)
Perfume é uma coisa que atrapalha, e muito, a vida do apresentador. Na década de 80, com uma alergia cada vez mais agravada, ele acabou indo para os Estados Unidos fazer tratamentos e a doença só melhorou depois dele tomar vacinas. Em 1987, um problema em suas cordas vocais o deixou rouco. Depois de mais uma viagem aos Estados Unidos, cuidados especiais e de seu afastamento da televisão ele melhorou. Dois anos depois, ele teve de operar as cordas vocais em São Paulo.
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27. Todas as perguntas
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27/46
O apresentar decidiu voltar para a tevê, depois de sua doença nas cordas vocais, com um programa especial de entrevistas no “Show de Calouros”, em março de 1988. Nele, Silvio Santos se propunha a responder todas as perguntas feitas pela plateia, jurados e pelos telespectadores por meio de ligações telefônicas nas três horas de duração do programa. “Eu não nasci dono de televisão. Eu me fui (sic) dono de televisão porque os donos de televisão fecharam as portas para mim... nasci animador de televisão e continuaria sendo se os homens não fossem tão vaidosos, tão poderosos. Sou um homem vaidoso pela minha condição de animador, mas não quero ser um homem poderoso porque não é preciso ser. Sou poderoso na minha consciência”, disse ele em um dos momentos da entrevista (a partir dos quatro minutos do vídeo ao lado).
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28. Quase político
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28/46
Tanto carisma e popularidade instigaram em vários partidos políticos a ideia de fazer de Silvio Santos um político. Em 1988, ele foi convidado a concorrer à prefeitura de São Paulo e declinou. No ano seguinte, recebeu o convite pra concorrer à presidência (chegou até a lançar campanha na tevê, como mostra o vídeo ao lado), mas acabou impedido por dois motivos: inexistência legal do partido e o fato dele ser dono de uma concessionária de tevê.
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29. Livro dos Recordes
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29/46 (Antonio Milena/Veja)
Em 1993, o Programa Silvio Santos, apresentado pelo empresário sempre aos domingos, completou 31 anos de existência e entrou no Guiness Book como o programa mais duradouro da Televisão brasileira. A atração ainda está no ar.
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30. Teleton
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30/46 (Thiago Bernardes/Contigo)
Depois de aceitar a ideia de
Hebe Camargo de fazer um evento direcionado a ajudar a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), Silvio Santos lançou o primeiro Teleton em maio de 1998. Sempre com a reunião de várias atrações e gravado ao vivo, o primeiro programa arrecadou R$ 15 milhões, usados para a construção de uma unidade. O Teleton sempre foi apresentado por Hebe Camargo – com exceção do programa que antecedeu a morte da apresentadora, em setembro de 2012.
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31. Quem quer dinheiro?
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31/46 (Divulgação)
O programa que premia com um milhão de reais as pessoas dispostas a concorrer com outras em uma série de perguntas sobre temas diversos entrou no ar em outubro de 1999 e ficou até 2003. Voltou em 2009 e está no ar desde então. O programa não é a única maneira do apresentador “distribuir” dinheiro. Seu bordão “Quem quer dinheiro” está no ar há décadas e antecede o momento dele atirar aviãozinho de dinheiro ao público em seus programas de domingo. Em compensação, em casa, Silvio fez as filhas trabalharem nas suas empresas com salário compatível às funções que exerciam e era “mão de vaca”,
segundo comentários da filha Patricia em seu programa.
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32. Sósias
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32/46 (Veja)
A risada e jeito de andar próprios do apresentador, além de seu microfone de lapela, bom humor indiscutível e bordões, fazem com que ele seja uma das pessoas mais imitadas do país – não à toa, vários humoristas admitem que Silvio foi a primeira de suas imitações.
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33. Jassa
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33/46 (Antonio Milena/Veja)
"Devo a ele 90% do meu sucesso", disse o cabelereiro paraibano José Jacenildo dos Santos, o Jassa, em uma recente entrevista para a Veja São Paulo. A gratidão não acontece à toa. Jassa foi engraxate (misturava graxa com banana para o produto render mais) e barbeiro, até virar cabeleireiro – ou melhor, o cabelereiro de Silvio Santos. Ele chegou a São Paulo em 1964 e teve salões no centro até chegar ao luxuoso endereço na Rua Iguatemi. Conheceu o dono do SBT em 1976, depois de cortar o cabelo de um produtor teatral. Desde então, Silvio virou seu cliente assíduo (ele penteia o cabelo duas vezes por semana), amigo (um frequenta a casa do outro com frequência) e divulgador (por motivos mais que óbvios, já que o penteado de Silvio sempre aparece intacto).
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34. De avô para neto
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34/46 (Manoela Scarpa/Contigo)
Filho da produtora Cintia Abravanel, a mais velha das seis filhas do apresentador, Tiago Abravanel foi apontado como o herdeiro da habilidade do avô de conquistar plateias. Depois de algumas peças de teatro, ele conquistou o papel principal do musical sobre a vida de Tim Maia e levou milhares de pessoas para a peça, em cartaz até meados do ano passado. "Sempre fiz testes, como qualquer outra pessoa, não precisei citar o nome do meu avô", contou Tiago em uma entrevista. Depois de muitos boatos sobre a relação distante dos dois, Silvio fez uma de suas raras aparições em público ao comparecer a uma das sessões, na capital paulista. Dias depois, em seu programa ao vivo, alfinetou o neto sobre o salário de R$ 4.000 reais que ganharia para atuar na novela Salve Jorge, da TV Globo. "Ele é uma figura. Mas tenho certeza de que vai assistir à novela", disse ele sobre o avô na época.
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35. No samba
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35/46 (Gabriel de Paula/Ag O Globo)
“Vamos cantar, vamos brincar, vamos sorrir. É domingo, é alegria, Silvio Santos vem aí”, era uma das partes do samba feito pela escola Tradição, no Carnaval do Rio de Janeiro de 2001, em homenagem ao apresentador. O enredo contava a trajetória do menino que trabalhou como camelô e virou dono de televisão, com direito a carros alegóricos que mostravam vários de seus programas, como “Qual É a Música” e “Domingo no Parque”, além de contar com a presença de famosos do SBT, como Hebe Camargo, Ronald Golias, Ratinho e Gugu Liberato. Até o último minuto, boatos diriam que Silvio não iria participar – mas ele chegou de helicóptero pouco antes de entrar na Sapucaí. “Entro em cena e penso no que vou fazer, assim tenho a mesma sensação que meu público teria”, disse ele em uma entrevista minutos antes da apresentação.
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36. É com você Lombardi
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36/46 (Luizinho Coruja/Contigo)
Luiz Lombardi Neto era locutor oficial de Silvio Santos e quase que uma lenda, já que sua imagem não era desvendada na tevê apesar dos anos e anos de trabalho na casa – o que atiçava a curiosidade dos telespectadores. O mistério acabou em 2001, durante a homenagem da escola de samba Tradição a Silvio Santos. Lombardi apareceu em um dos carros alegóricos como um dos ícones da emissora de Silvio. O locutor morreu de enfarto em sua casa, aos 69 anos, em 2009.
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37. Sequestro cinematográfico
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37/46
Parecia roteiro de filme de Hollywood, mas tratava-se do sequestro da filha de Silvio Santos, Patricia Abravanel, com um desfecho improvável: o posterior sequestro do empresário, em sua mansão, no Morumbi. Era final de agosto de 2001, quando o bandido Fernando Dutra Pinto e outros dois homens entraram na casa do apresentador, renderam Patricia, na época com 24 anos, e a levaram para fora dentro de seu Passat blindado. Ela ficou uma semana em um cativeiro próximo ao bairro onde mora. Libertada depois do pagamento de resgate, ela e o pai deram uma entrevista, na sacada de casa, aos jornalistas (veja ao lado reportagem do Jornal Nacional da época). No dia seguinte, depois de uma fuga espetacular de mais de cem viaturas pelas ruas de Barueri e um rastro de dois policiais mortos pelo caminho, Fernando, acuado, optou pela saída que ninguém esperava. Voltou à mansão e fez o apresentador e sua família reféns por mais de sete horas. Silvio ofereceu café ao sequestrador e negociou sua libertação, cujo desfecho envolveu o pedido pessoal do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ao bandido para que esse se rendesse. Dutra Pinto foi preso e morto dias depois na cadeia.
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38. Negócios em frascos
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38/46 (Alexandre Battibugli/Exame)
De um lado, Silvio Santos tinha o poder de ser popular, em especial com as mulheres de todas as idades. De outro, tinha no bolso dinheiro para investir em um novo setor. A ideia dele com a Jequiti foi a de alinhar as duas coisas: entrar no ramo de cosmético, cujo crescimento é de 13% ao ano, com marca própria e arrebanhar consultoras de vendas porta-a-porta entre as “amigas telespectadoras” e “colegas de auditório”. Deu tão certo que hoje a empresa representa 20% do faturamento estimado de dois bilhões de reais do Grupo Silvio Santos. De 2007 para 2012, a receita da companhia, liderada por Lásaro do Carmo Junior, saltou de 20 para 450 milhões de reais, com um aumento de vendas em torno de 10% ao ano. Para ajudar a divulgar a marca, como não poderia ser diferente, Silvio apostou na criação de um programa, o “Roda a Roda Jequiti”, com participação de vendedoras e consumidoras da marca.
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39. Grandes descobertas
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39/46
Silvio é conhecido também por lançar talentos e batalhar para mantê-los em casa por toda a vida. Foi assim com Hebe Camargo, Ronald Golias, Carlos Alberto de Nóbrega, Celso Portiolli, Gugu Liberato (dizem que por um contrato milionário fez Gugu desistir da Globo, que contratou Faustão para o seu lugar), entre tantos outros. A última de suas descobertas, uma menininha espoleta e tão desbocada quanto ele, rendeu muito que falar nos últimos anos. E ela parece ser o par perfeito para as confusões aprontadas pelo patrão no palco. Maísa já tirou a peruca de Silvio ao vivo, o chamou de idoso insubordinado (vídeo ao lado) e chamou a mãe do apresentador de Vaca.
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40. Paixão pelo Guarujá
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40/46 (João Santos/Contigo)
Além da paixão pelo Corinthians, o apresentador não esconde o apreço que tem pela praia paulista do Guarujá, onde possui uma mansão de vista para o mar – local que virou espécie de ponto turístico da cidade pela rotineira visita de curiosos. Porém, em 2007, investir na praia também virou um negócio. O empresário desembolsou 150 milhões de reais no lançamento do luxuoso hotel Sofitel Jequitimar Guarujá, na praia de Pernambuco, empreendimento com 302 quartos, auditório, salas de convenção e o único com LeSpa, conceito de spa da rede de hotéis. Mas frequentar praia mesmo, só fora do país na grande maioria das vezes. Na foto ao lado, ele aparece em Aruba, no ano de 2004.
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41. Um banco para o BTG
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41/46 (Leonardo Martins/Agência Estado)
Tanta popularidade no palco, fez com que Silvio Santos sempre optasse por descrição em relação aos negócios. Mas no final de 2010, depois da descoberta de um rombo de 4,3 bilhões de reais no Banco PanAmericano, isso ficou impossível. O empresário teve de dar suas empresas, inclusive o SBT, como garantia ao Fundo Garantidor de Crédito, uma entidade privada administradora de proteções aos correntistas, poupadores e investidores. Depois de um final de semana de negociações, fechou a venda de 51% das ações ordinárias do banco ao
BTG Pactual em troca de 450 milhões de reais – as outras 49% das ações foram assumidas pela Caixa Econômica Federal. Em entrevista logo após o acordo, o empresário mostrava seu bom humor de sempre. “Se eu vendi o banco? Que banco, o de jardim?”, disse a uma repórter. Depois, explicou melhor o que aconteceu, sem dar detalhes sobre a transação. “Se eu não entendo de banco pra quê (sic) que vou ficar com o banco?”, afirmou na época.
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42. Silvio Santos
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42/46 (Agência Estado)
Pouco tempo depois, Silvio se desfez de outro negócio que contribuía pouco para o grupo, segundo boatos divulgados na época. A rede
Magazine Luiza, comandada por Luiza Helena Trajano, desembolsou 83 milhões de reais em troca de 121 lojas do Baú em São Paulo, Minas Gerais e Paraná em junho de 2011. Além das lojas, Luiza levou para casa uma carteira de cerca de três milhões clientes de cartões.
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43. O Grupo SS
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43/46 (Milene Cardoso/Ad News)
Formando por dezenas de empresas, o grupo Silvio Santos completou 50 anos, em 2008, com uma festa repleta de celebridades na Sala São Paulo, capital paulista. A holding tem se remodelado depois da venda do banco PanAmericano para o BTG, depois da descoberta de um rombo contábil bilionário e que culminou em uma série de mudanças de comando dentro da companhia. Algumas coisas, porém, não mudaram. As seis filhas do bilionário continuam trabalhando na empresa e o intuito é que elas perpetuem os negócios deixados pelo pai. Ele, por sua vez, continua fazendo a última etapa das entrevistas para cargos de liderança de suas empresas na sua mansão, no Morumbi, além de realizar reuniões de negócios do grupo todas as sextas-feiras em sua casa.
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44. As herdeiras
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44/46
Ok, as filhas de Silvio Santos têm realmente bons cargos nas empresas do pai. Mas, a exemplo de como ele trata Patricia Abravanel, ao vivo, em seu programa, dá para se notar que a missão delas não é assim tão fácil. Reconhecer que outras pessoas tem mais experiência parece ser uma das exigências do patrão. Ao mostrar interesse pela tevê, Patricia ganhou participação em um quadro no Programa Silvio Santos e, aos poucos, um programa semanal e diário. E não é raro ver o pai chamando a atenção da filha nas gravações. “Você só está nesse programa porque é filha do patrão... tem gente que está aqui na televisão há quatro, cinco, oito, dez anos e nunca teve programa diário. A produção daqui tá protegendo você... porque sua irmã é uma das diretoras”, declarou Silvio uma vez a ela (veja no vídeo ao lado).
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45. Selinho de despedida
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45/46 (Leonardo Martins/Frame)
Depois de anos e anos de amizade e trabalho juntos, Silvio compareceu ao velório da apresentadora Hebe Camargo, ícone da televisão brasileira que trabalhou por toda a vida no SBT – com exceção do último um ano e meio antes de sua morte quando fechou contrato com a RedeTV!. Hebe morreu aos 83 anos em 29 de setembro de 2012 e havia acabado de fechar um contrato para voltar à emissora de Silvio. O apresentador se despediu dela da maneira peculiar com que ela cumprimentava seus convidados: com um selinho. Meses depois,
ele brincou no Teleton que, com a morte de Ronald Golias, Hebe e Lombardi, os três estariam cantando para ele “Silvio Santos Vem Aí...”. O Brasil espera que este dia demore muito a chegar.
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46. Agora, quem são os outros bilionários do Brasil na Forbes
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46/46 (Ricardo Stuckert/PR)