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400 funcionários da Hydro terão férias coletivas após vazamento

Medida foi tomada em virtude do corte de 50% da produção da refinaria Alunorte, da Hydro.

Homem mostra cano que termina no meio ambiente da empresa Norsk Hydro ASA, em Barcarena, no Pará, dia 05/03/2018 (Ricardo Moraes/Reuters)

Homem mostra cano que termina no meio ambiente da empresa Norsk Hydro ASA, em Barcarena, no Pará, dia 05/03/2018 (Ricardo Moraes/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 1 de abril de 2018 às 17h07.

Quatrocentos funcionários da mina de bauxita da Hydro, em Paragominas, no Pará, entram em férias coletivas de 15 dias a partir desta segunda-feira (2). A medida foi tomada em virtude do corte de 50% da produção da refinaria Alunorte, da Hydro, que recebe a bauxita de Paragominas e a transforma em alumina calcinada.

Por causa da redução da produção na Alunorte, os funcionários da refinaria também terão férias coletivas, mas de dez dias. A estimativa é que até 600 empregados da Alunorte sejam afetados pela medida.

Mas, diferentemente de Paragominas, na Alunorte os funcionários serão divididos em grupos para que saiam em férias coletivas. O primeiro grupo, de 40 empregados, saiu de férias neste sábado (31).

Segundo a Hydro, a medida foi tomada para evitar corte de pessoal, uma vez que a refinaria foi obrigada pelas autoridades a cortar sua produção pela metade.

O corte de 50% da produção da Alunorte foi determinado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará depois que, durante fortes chuvas, entre os dias 16 e 17 de fevereiro, a cidade Barcarena foi invadida por águas de coloração avermelhada.

Vazamento de depósitos de bauxita causa multa

O governo do Pará e o Ministério Público Federal começaram a investigar se houve algum vazamento dos depósitos de bauxita da refinaria e multaram a empresa.

Apesar de justificar que a coloração avermelhada da água era resultado da cor do solo da região e negar que tivesse havido vazamento do depósito de bauxita, a Hydro reconheceu que a Alunorte drenou as águas da chuva através do Canal Velho e que essa água estava contaminada por soda cáustica diluída na área de processamento.

Além disso, segundo a Hydro, depois das chuvas, foi constatado que havia rachaduras no duto que levava os efluentes do depósito de resíduos de bauxita para a estação de tratamento de água da refinaria. Mas, segundo informações preliminares da empresa, esses resíduos foram contidos numa bacia apropriada, dentro da própria empresa.

 

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