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21 setores comprometidos em reduzir suas emissões

Lista foi feita pela ONU como parte de sua campanha Race to Zero e mostra a adesão de algumas empresas em se tornar net zero

Setor de aviação deve usar 100% de combustíveis sustentáveis até 2050, de acordo com as metas de redução de emissões de curto prazo conhecidas como Breakthroughs 2030 (Thomas Jackson/Getty Images)

Setor de aviação deve usar 100% de combustíveis sustentáveis até 2050, de acordo com as metas de redução de emissões de curto prazo conhecidas como Breakthroughs 2030 (Thomas Jackson/Getty Images)

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Publicado em 20 de janeiro de 2022 às 10h00.

Última atualização em 20 de janeiro de 2022 às 16h06.

Um relatório recente indica que boa parte dos setores que compõem a economia global está agora comprometida a reduzir suas emissões na próxima década. Dessa forma, atingiu as metas de redução de emissões de curto prazo conhecidas como Breakthroughs 2030.

De acordo com o relatório publicado pela ONU como parte de sua campanha Race to Zero, em cada um desses 21 setores comprometidos com a redução das emissões de gases de efeito estufa, pelo menos 20% das principais empresas por receita estão alinhadas em torno das metas específicas do setor para 2030 ─ em linha com a entrega de ser net zero até 2050.

Veja a lista dos setores comprometidos com o net zero:

Água: as principais concessionárias de água e esgoto, responsáveis ​​por 23% do abastecimento global de água, aderiram à Race to Zero.

Alumínio: a meta é que o alumínio de carbono zero represente 100% da produção global total de alumínio em 2050.

Aviação: combustíveis utilizados para a aviação serão 100% sustentáveis até 2050, de acordo com a meta.

Energia limpa: a meta é que até 2040 o sistema global de geração de energia esteja totalmente descarbonizado. As energias eólica e solar devem responder por 40% da geração e todas as renováveis por 60% da geração global em 2030.

Hidrogênio verde: empresas públicas e privadas prometeram implementar 25 GW de capacidade de hidrogênio verde até 2026. Bancos e investidores se comprometeram a investir em pesquisa e desenvolvimento de 25 GW de capacidade no mesmo período.

Soluções baseadas na natureza (NBS, na sigla em inglês) e uso da terra: a meta global é que toda a silvicultura, o setor de alimentos e o agronegócio sejam carbono negativo até 2050. Dos principais fornecedores de alimentos, 20% se comprometeram a implementar cadeias de abastecimento livres de desmatamento, bem como adotar totalmente a agricultura regenerativa e práticas de restauração de terras até 2030. 

Veículos de passeio: 20% dos maiores fabricantes de veículos de passeio aderiram à campanha Race to Zero e prometeram zerar as emissões até 2035.

Veículos médios e pesados: 20% dos principais fabricantes de veículos pesados ​​aderiram à Race to Zero e se comprometeram a ser net zero até 2040.

Fabricantes de ônibus: 2o% das principais montadoras de ônibus se comprometem a ser 100% zero emissões até 2030.

Construção: 20% das principais construtoras em faturamento aderiram à campanha, bem como 20% dos maiores escritórios de arquitetura e de engenharia. A meta é que 100% dos projetos (novos e existentes) sejam zero carbono por toda a vida até 2050.

Cimento e concreto: 20% dos principais produtores de cimento e concreto aderiram à Race to Zero, e a meta é que o concreto carbono neutro represente 25% da produção global em 2035.

Químicos: 20% das principais indústrias químicas aderiram à campanha e a meta é que 60% da eletricidade usada no setor seja de fonte renovável em 2030.

Resfriamento: 20% dos principais fabricantes residenciais de equipamentos refrigerados aderiram à campanha. Todas as unidades residenciais desse tipo de produto devem ser net zero até 2050.

Bens de consumo: 20% das principais empresas de bens de consumo por faturamento aderiram à Race to Zero, e a meta é zerar as emissões em toda a cadeia até 2050.

Moda: pelo menos 25% de matéria-prima do setor deve vir de fontes de baixo impacto climático até 2025.

TIC: 40% das principais empresas de tecnologia da informação e comunicação estão junto com a ONU em sua campanha, incluindo os gigantes Apple, Microsoft e Google. A expectativa é que 80% da eletricidade usada no setor seja descarbonizada até 2030.

Telecom: 20% das principais empresas de telecomunicações fazem parte da Race to Zero, e o objetivo é que 70% da eletricidade usada no setor seja descarbonizada até 2030.

Farmacêutico: 20% das principais empresas farmacêuticas aderiram à Race to Zero. A meta é que 95% dessas companhias tenham o certificado My Green Lab até 2030.

Plásticos: 20% das indústrias do setor aderiram à campanha e se comprometeram que 100% das embalagens plásticas sejam reutilizáveis, recicláveis ou recompostáveis em 2025.

Varejo: 20% das principais empresas de varejo também aderiram à campanha Race to Zero e se comprometeram para que todo o setor seja net zero em 2050.

Turismo: as emissões do setor serão reduzidas em 55% até 2030, se tornando net zero em 2050.

“O compromisso com o net zero até 2050 não é suficiente por si só”, afirma Nigel Topping, Champion de Ação Climática de Alto Nível da ONU. “Também precisamos que os atores mostrem que levam a sério a vitória na corrida para as emissões zero, avançando em setores críticos ─ especialmente naqueles mais difíceis de reduzir as emissões. Portanto, estamos muito satisfeitos em ver que os atores já estão mudando hoje, mas estaremos procurando por sinais de progresso nos próximos dois ou três anos.”

A campanha Race to Zero da ONU tem 6.200 membros de 110 países, incluindo 4.470 empresas, 799 cidades, 35 regiões, 220 instituições financeiras, 731 instituições educacionais e 45 da área da saúde.

Acompanhe tudo sobre:JBSNetZero

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