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2013: o ano do minimercado para o Grupo Pão de Açúcar

Plano é abrir 100 lojas do modelo até dezembro. Custos menores e vendas crescentes são algumas das razões


	Minimercado Extra: bandeira reformulada e mais vendas
 (Divulgação)

Minimercado Extra: bandeira reformulada e mais vendas (Divulgação)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 30 de abril de 2013 às 17h53.

São Paulo – Não é de hoje que o Grupo Pão de Açúcar vem investindo em lojas de menor porte, os chamados minimercado, na capital paulista. Mas, para este ano, a ideia é mesmo acelerar ainda mais a expansão do formato, batizado de Minimercado Extras, inclusive para outras regiões do estado paulista.

Lançados há cerca de cinco anos, esses pontos menores que os convencionais supermercados e hipermercados da marca eram chamados de ExtraFácil – e não foi apenas o nome que mudou desde então. O modelo passou por algumas modificações nos últimos anos até se mostrar o ideal para ser replicado cidade afora.

As mudanças incluíram a ampliação da presença de produtos perecíveis de 800 para 1.000 itens e a modificação da apresentação dos produtos. E parece ter dado certo, pelos cálculos do Pão de Açúcar. Tanto que o plano para este ano é a abertura de 100 mini-lojas dentro e fora da capital paulista.

“Apenas no primeiro trimestre abrimos 12 dessas lojas, uma delas no litoral e outra no interior de São Paulo”, explicou Daniela Sabbag, diretora de relações com investidores do Grupo Pão de Açúcar. A viabilidade de novos pontos em outras localidades, inclusive em outros estados, está sendo estudada pela companhia.

“O foco do crescimento desse modelo é mais nos grandes centros e dentro dos bairros como complemento dos hipermercados”, diz Daniela.

O motivo

O modelo de minimercado acabou sendo um dos focos do grupo este ano por um simples motivo: rentabilidade. As vendas por esse caminho crescem de forma acelerada nesse modelo, que ainda exige um custo menor de investimento para abertura e um tempo menor de maturação.

Para se ter ideia, enquanto um supermercado exige um terreno de 1.500 metros quadrados, na grande maioria das vezes próprio, as lojas menores são abertas em um espaço alugado de 300 metros quadrados.

O tempo de retorno dessas lojas comparadas aos super e hipermercados também é menor. Os minis devolvem para a empresa o valor investido na abertura nos dois primeiros anos, sendo que nos supermercados esse tempo pode ser o dobro.

O formato ainda tem apresentado crescimento de vendas de dois dígitos nos últimos dois anos ( o grupo não destrincha o crescimento de vendas total), resultado bem expressivo comparado ao trazido pelas lojas convencionais abertas depois do mesmo período.


A tendência com a abertura de cem minimercados é fazer com que o custo do modelo caia e o retorno seja ainda maior. “Quando se tem volume de lojas conseguimos diminuir o custo de logística de entrega de mercadorias nos pontos”, explica Daniela.

O grupo não revela quanto será investido na abertura das lojas, apenas afirma que o montante faz parte do total de 1,5 bilhão de reais previstos para serem investidos neste ano.

Atacado

A expansão dos formatos do grupo não acontece apenas no varejo. A marca Assaí, de atacarejo, também contará com a abertura de 12 a 15 novas lojas neste ano, um número bem superior ao de lançamentos no ano passado, de apenas dois pontos.

Assim como os minimercados, o modelo passou por reformulação nos últimos anos, até que se tornou bom o suficiente para ser replicado, acredita a companhia. O foco em pequenos comerciantes e em famílias que possam comprar em grande volume foi uma das modificações que foram feitas para ficar.

No trimestre, as vendas cresceram 26%, uma porcentagem alta explicada pela abertura de lojas em lugares até então inéditos para a bandeira, como a cidade de Cuiabá, no Mato Grosso.

“As 61 lojas da bandeira tem trazido bom retorno, com crescimento de vendas, o que nos mostra que estamos no caminho certo com todas as lojas seguindo o novo posicionamento de negócio”, afirma a executiva. 

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