São Paulo - Muitas empresas realizaram negócios de peso em 2014, tanto para se reestruturar quanto como parte de planos de expansão. O Facebook, por exemplo, investiu US$22 bilhões na aquisição do serviço de mensagens WhatsApp. Outras empresas optaram por expandir sua presença global. Foi o caso da Siemens, que adquiriu a fabricante de equipamentos para campos de petróleo Dresser-Rand para fortalecer o negócio de óleo e gás na América do Norte. Confira nas fotos 22 dos maiores negócios anunciados em 2014.
A rede social Facebookpagou US$ 22 bilhões pelo WhatsApp Inc. A startup de mensagens gerou US$ 10,2 milhões em receita no ano passado. No ano passado, o serviço de mensagens, que alcançou 400 milhões de usuários ativos em dezembro, gerou menos de três centavos de dólar de receita por cada um deles. Em comparação, o Facebook pagou US$ 55 por usuário quando adquiriu a empresa. A perda líquida do WhatsApp em 2013 foi de US$ 138,1 milhões.
Em setembro, a alemã Merck comprou a farmacêutica Sigma-Aldrich por US$ 17 bilhões. A Merck pretende ampliar seu alcance global, tanto no mercado norte-americano quanto em alguns países asiáticos. A companhia estima sinergias de mais de R$ 340 milhões nos próximos três anos.
O conglomerado industrial Siemensadquiriu a fabricante de equipamentos para campos de petróleo Dresser-Rand por US$ 7,6 bilhões. A iniciativa deve fortalecer significativamente o negócio de óleo e gás da companhia na América do Norte. A alemã Siemens disse que sua oferta de 83 dólares por ação foi apoiada de maneira unânime pela diretoria da Dresser-Rand.
5. Tim Hortons e Burger King formam nova empresazoom_out_map
5/24(Anne-Christine Poujoulat/AFP)
A companhia canadense Tim Hortons e o Burger King firmaram um acordo para criar uma nova empresa no setor de restaurantes fast food. O negócio, anunciado em agosto, deverá ter vendas anuais estimadas de aproximadamente US$ 23 bilhões e 18 mil restaurantes em 100 países. Os acionistas da Tim Hortons aprovaram a união em dezembro. O Burger King pagaria US$ 11 bilhões pelas ações da cafeteria canadense.
A Altice fechou acordo para comprar as operações portuguesas da operadora Oi por cerca de 7,4 bilhões de euros (US$ 9,2 bilhões). Trata-se da terceira grande aquisição do grupo de telecomunicações este ano. O empresário franco-israelense de telecomunicações Patrick Drahi, fundador da Altice, vem num movimento de expansão com acordos somando cerca de US$ 30 bilhões.
7. Fusão entre Aviva e rival Friends Lifezoom_out_map
7/24(Ben Stansall/AFP)
A seguradora britânica Aviva fechou a aquisição de 5,6 bilhões de libras (8,8 bilhões de dólares) da rival Friends Life. O acordo cria uma líder de mercado com 16 milhões de clientes de seguro de vida. As economias de custos resultantes da combinação serão maiores que as esperadas, mas podem levar vários anos para serem alcançadas. A Aviva afirmou que a companhia fruto da fusão deve gerar 600 milhões de libras em fluxo de caixa extra por ano.
8. Banco Santander e filial brasileirazoom_out_map
8/24(David Ramos/Bloomberg)
Em outubro, o banco espanhol elevou sua participação na filial brasileira, o Banco Santander Brasil, para 88,3%. Para esta operação, o Santander emitirá 370,9 milhões de títulos que representam 3,09% de seu capital social. A ampliação de capital, de cerca de 4,6 bilhões de euros, será feita através da emissão e colocação em circulação de 665 milhões de novas ações ordinárias.
A filial latina MMG, do grupo estatal chinês Minmetals Corporation, comprou da suíça Glencore Xstrata a mina de cobre de Las Bambas, no sul Peru, por 4,2 mil milhões de euros ou US$ 5,850 bilhões. A venda da mina de Las Bambas foi uma das condições impostas pela China à Glencore, em troca da luz verde de Pequim à fusão com a Xstrata. Com essa aquisição, feita em abril, a China buscou aumentar controle sobre fornecedores de matérias primas.
10. A nova empresa da Cielo e Banco do Brasilzoom_out_map
10/24(Divulgação)
Uma nova empresa nasceu da fusão entre a Cielo e o Banco do Brasil. A joint venture fará a gestão das operações de cartão de crédito e débito emitidos pelo BB. A nova empresa que foi avaliada em 11,6 bilhões de reais. Segundo o fato relevante, o impacto financeiro estimado da operação no lucro líquido do BB será de 3,2 bilhões de reais.
Warren Buffett realizou duas aquisições bilionárias em 2014. Em novembro, a Berkshire Hathaway, que pertence ao investidor, comprou a Duracell da Procter & Gamble. A operação está avaliada em US$ 4,7 bilhões e vai envolver troca de ações que Buffett possui na companhia de consumo americana. No mês anterior, ele havia adquirido a quinta maior rede de concessionárias de carros dos Estados Unidos, o Van Tuyl Group. Os detalhes não foram divulgados pela companhia. O Van Tuyl Group possui cerca de 80 concessionárias independentes e outras 100 que operam por meio de franquias em 10 estados americanos.
12. Platform compra rival por US$ 3,5 bilhõeszoom_out_map
12/24(AFP)
A Platform Specialty Products, companhia do setor químico, anunciou a aquisição da rival Arysta LifeScience. A operação foi fechada por 3,5 bilhões de dólares e anunciada em outubro. Segundo comunicado, a Platform combinará a Arysta LifeScience com as empresas adquiridas anteriormente, Agriphar e Chemtura Crop Solutions, e que podem gerar sinergias de US$ 2,1 bilhões.
13. Fusão entre Itaú Chile e Corp Groupzoom_out_map
13/24(Thomas Locke Hobbs/CREATIVE COMMONS)
Em janeiro, o Itaú Unibanco anunciou a fusão de suas operações no Chile com o Corp Group. O negócio deu origem ao Itaú CorpBanca e movimentou R$ 5,3 bilhões. A operação levará o Itaú Unibanco da sétima para a quarta posição entre os maiores bancos do Chile em empréstimos e também abre caminho para entrada no varejo bancário da Colômbia.
A sueca Electroluxadquiriu o negócio de aparelhos da General Electric por US$ 3,3 bilhões de dólares. O objetivo do negócio é dobrar as vendas na América do Norte e enfrentar a rival Whirpool, na maior aquisição de sua história. A operação, realizada em setembro, foi anunciada um mês antes. A Electrolux disse em agosto que buscava investir em um mercado no qual tem pouca escala e que está crescendo mais rápido que o europeu.
15. Joint venture entre Noble Group e Cofcozoom_out_map
15/24(Wikimedia Commons)
Em abril, a chinesa Cofco, maior trading de grãos da China, fechou acordo por uma fatia majoritária na divisão de agronegócios da Noble Group, cuja sede fica em Hong Kong. As duas empresas formaram uma joint venture, na qual a Cofco ficou com uma participação de 51% na operação. O negócio foi fechado por US$ 3,2 bilhões. Embora as companhias não sejam brasileiras, a Noble possui boa parte de seus ativos no país. Também ingressou na joint venture a firma de private equity Hopu Investment Management.
A Coca-Cola anunciou em agosto a compra de uma fatia de 16,7% na Monster Beverage. Além da transação, por um valor de US$2,15 bilhões, a Coca Cola terá dois diretores no Conselho da Monster. A Coca-Cola transferirá a propriedade de seu negócio mundial de energéticos incluindo a NOS, Full Throttle e Burn para a Monster. A Monster se tornará a parceira exclusiva da Coca-Cola em bebidas energéticas.
O estúdio sueco Mojang, criador do jogo Minecraft, foi comprado pela Microsoft por R$2,5 bilhões em setembro. Dessa forma, a Mojang torna-se um dos estúdios de produção da Microsoft, assim como a Turn 10 (Forza), a Lionhead (Fable) e a Rare (Kinect Sports).
No início do ano, a Tiger Global comprou participação societária indireta na B2W, dona do Submarino e Americanas.com, equivalente a 7,2% do capital social da companhia. Com a transação, a Tiger Global deterá participação societária indireta equivalente a 7,2% do capital social da B2W. A operação envolve um montante total de R$ 2,380 bilhões.
A GP Investments, empresa de investimentos em participações, vendeu a BR Towers, empresa de infraestrutura de rede de telecomunicações sem fio, para a American Tower Corporation. A transação envolveu 100% das ações da BR Towers e foi fechada por R$ 2,1 bilhões em junho.
A GP Investments vendeu a totalidade das ações que detém na Sascar Participações para o Grupo Michelin. A empresa era dona de 46% de participação na Sascar, empresa brasileira especializada na gestão pela internet de frotas de caminhões. O negócio foi fechado por 440 milhões de euros, ou R$ 1,6 bilhão. O plano é aumentar as vendas de serviços e pneus no mercado brasileiro, onde a maior parte do transporte de mercadorias é feito de caminhão.
21. BRF vende unidades de lácteos para Parmalatzoom_out_map
21/24(Giuseppe Cacace/Getty Images)
A empresa de alimentos BRF informou, em setembro, um acordo para vender suas unidades e marcas de lácteos para a Parmalat, empresa do grupo Lactalis, que por sua vez irá investir R$1,8 bilhão no negócio. Entre as marcas desse segmento vendidas pela empresa em meio a uma reestruturação, em busca de melhores margens, estão a Batavo e a Elegê. O negócio envolve a venda de 11 unidades situadas em dez localidades pelo Brasil.
A varejista de moda Restoque, dona de marcas como Le Lis Blanc e Bo.Bô, incorporou 100% das ações da Dudalina, para aumentar a escala das operações e reduzir o endividamento. O valor global da incorporação foi estimado em cerca de R$ 1,75 bilhão. Segundo a Restoque, a operação criará a maior empresa do Brasil no segmento de vestuário de alto padrão. Os atuais acionistas da Dudalina receberão ações da Restoque como pagamento e deterão 50% por cento da Restoque.
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