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15 anos de Harry Potter: a mágica de criar um negócio de US$ 20 bilhões

Primeiro livro da série foi lançado em 26 de junho de 1997 e, na época, ninguém poderia imaginar que ele renderia tanto

"Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2": filme faturou mais de 1,3 bilhão de dólares nas bilheterias de todo o mundo (Divulgação)

"Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2": filme faturou mais de 1,3 bilhão de dólares nas bilheterias de todo o mundo (Divulgação)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 27 de junho de 2012 às 08h04.

São Paulo – Nesta terça-feira, faz exatamente 15 anos que "Harry Potter e a Pedra Filosofal" foi lançado pela editora britânica Bloomsbury Publishing. Era o primeiro livro do bruxo mais famoso do mundo. Na época, no entanto, ninguém poderia imaginar que as primeiras 500 cópias colocadas à venda eram, na verdade, apenas um pequeníssimo aperitivo do que a série viria a se tornar.

Segundo estimativas do mercado, com a venda de livros, bilheteria, parque temático e produtos licenciados, o Harry Potter já superou receita de 20 bilhões de dólares e ainda continua rendendo. Somente a marca é avaliada atualmente em mais de 15 bilhões de dólares.

O último filme da série foi lançado no ano passado, mas ainda contribui bastante no balanço da Warner Brothers, estúdio responsável pela produção dos oito filmes de Harry Potter. Com bilheteria, a companhia americana faturou mais de 7,7 bilhões de dólares.

Veja, a seguir, alguns números recordes do Harry Potter e entenda por que ele foi um bom negócio para muita gente:

Venda de livros

Os sete livros da série Harry Poter da escritora britânica Joanne Kathleen Rowling já venderam mais de 450 milhões de cópias em todo mundo e figuram como uma das obras mais vendidas da atualidade.

Quando lançado na Inglaterra, em 1997, Joanne recebeu da editora Bloomsbury a bagatela de 2.500 libras pela publicação de "Harry Potter e a Pedra Filosofal". Um ano depois, a editora americana Scholastic pagou à autora mais de 100.000 dólares para a publicação do livro nos Estados Unidos.  

Os livros de Joanne foram traduzidos para cerca de 70 idiomas. O sétimo e último livro, “Harry Potter e as Relíquias da Morte”, publicado em 2007, vendeu 11 milhões de cópias nas primeiras 24 horas do seu lançamento.

Recentemente, os livros ganharam também a versão e-book.

Bilheteria

Apesar de sete livros, a série Harry Potter deu origem a oito filmes do bruxo. Isso porque, o último livro foi dividido em duas partes pela Warner. Com bilheteria, o estúdio faturou mais de 7,7 bilhões de dólares.


Harry Potter é a maior franquia de filmes dos últimos tempos e superou longas como de “James Bond”  e “Star Wars”.

O último filme da série, “Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2” gerou receita de 1,3 bilhão de dólares.  O maior faturamento entre os filmes do bruxo conseguido pela Warner.

Venda de DVDs

Além do sucesso nas bilheterias, os filmes do Harry Potter são sucesso também em DVD. Segundo dados da Warner, mais de 300 milhões de cópias de DVDs foram vendidas em todo o mundo.

Com as vendas, a companhia faturou pelo menos 1,5 bilhão de dólares. O montante é maior que o gasto para a produção dos oito filmes da série, cerca de 1,4 bilhão de dólares.

Produtos licenciados

É certo que com o fim da série Harry Potter, os produtos licenciados com a marca tenham diminuídos, mas não acabado. Atualmente, existem mais de 400 produtos licenciados do bruxo e a receita com eles é de 1 bilhão de dólares por ano.

Só com jogos para videogames, a marca já faturou mais de 1,5 bilhão de dólares.

Há estimativas do mercado que cerca de 10 bilhões de dólares já foram faturados com a venda de produtos Harry Potter em todo o mundo. Entre os itens licenciados estão roupas, jogos, brinquedos e doces.

Parque temático

Uma das maneiras encontradas para manter sempre em alta a marca Harry Potter foi a criação de um parque de diversões do bruxo:  Mundo Mágico de Harry Potter, inaugurado há dois anos, na cidade de Orlando, nos Estados Unidos.

A Universal Orlando, dona da atração, recebe mais de 4,5 milhões de pessoas por ano no parque. Somente nos três primeiros meses de funcionamento, o Mundo Mágico de Harry Potter aumentou a receita da Universal em 6º% e mais que dobrou o número de produtos comercializados no local.

Em 2011, a receita da Universal cresceu mais de 40% e o lucro quase 80%, segundo a companhia, o crescimento foi sustentado com o parque do Harry Potter.

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