Negócios

13 empresas que também podem sofrer com a crise de Eike

Quem são os parceiros, fornecedores e clientes que também sentiriam os efeitos dos problemas que sufocam o empresário


	Eike Batista: queda do empresário atrapalharia planos de muitos parceiros
 (EDUARDO MONTEIRO)

Eike Batista: queda do empresário atrapalharia planos de muitos parceiros (EDUARDO MONTEIRO)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de julho de 2013 às 20h01.

São Paulo – Grandes grupos não operam no vácuo. Ao seu redor, forma-se um verdadeiro ecossistema de fornecedores, clientes, investidores e outros parceiros de negócio. A EBX, holding de Eike Batista, não é exceção, pois do sucesso de suas empresas dependem também os planos de inúmeras companhias.

Por isso, a crise que atinge os negócios de Eike coloca em risco os projetos de parceiros do porte de uma Petrobras e de uma Anglo American, por exemplo. Veja, a seguir, algumas companhias que podem ser prejudicadas pelos problemas do empresário:

NKTF

A NKTF, uma das maiores fabricantes mundiais de tubos flexíveis para a indústria do petróleo, alugou, em 2011, uma área no porto de Açu, em construção pela LLX, para construir uma fábrica. O início da operação está previsto para este ano. O principal cliente da NKTF é a Petrobras, com quem assinou um contrato para fornecer até 694 quilômetros de tubos, avaliados em 1,86 bilhão de dólares. A LLX espera receber cerca de 8 milhões de reais da NKTF por ano, entre taxas portuárias e o aluguel da área. O contrato é de 20 anos, renováveis pelo mesmo prazo.

Intermoor

Também em 2011, a LLX alugou uma área de 52.300 metros quadrados para a americana Intermoor, uma prestadora de serviços para o setor de óleo e gás, no Porto de Açu. No local, a empresa pretende erguer uma base de operações para atender clientes como Petrobras, Shell e OGX. As operações da Intermoor estavam previstas para começar em 2013, e a LLX projeta uma receita anual de 3,6 milhões de reais com o contrato, entre tarifas portuárias e o aluguel da área. O contato é de 20 anos, renováveis pelo mesmo prazo.

Technip

A empresa francesa Technip assinou, em 2011, o maior contrato de locação no Porto de Açu, em construção pela LLX. Entre tarifas portuárias e aluguel, LLX estima receber 22 milhões de reais por ano. Especializada em projeto e construção de instalações de óleo e gás, a Technip fechou um acordo de 25 anos, renováveis por mais 25.


Wärtsilä

Um dos contratos mais recentes assinados pela LLX foi com a finlandesa Wärtsilä, que produz motores para navios e termelétricas. Fechado em março deste ano, o contrato de 30 anos, renováveis, prevê o investimento de 20 milhões de euros pela empresa para construir uma fábrica no Porto de Açu.

General Electric

Uma das gigantes do capitalismo global, a General Electric (GE) também assinou contrato para se instalar no Porto de Açu. Com 30 anos de validade, renováveis, o acordo prevê a construção de uma fábrica da GE com foco nas áreas de óleo e gás e geração de energia. Segundo a LLX, o contrato foi assinado em 2012, mas só começa a vigorar em 2014.

V&M

No fim do ano passado, a francesa V&M, que pertence ao grupo Vallourec, fechou um acordo de 20 anos, renováveis, para construir uma fábrica no Porto de Açu, em construção pela LLX. A unidade vai armazenar e fornecer tubos para o setor de óleo e gás.

Anglo American

A partir de julho de 2014, deve começar a valer um contrato assinado entre a mineradora Anglo American e a LLX. Com prazo de 25 anos, renováveis, o acordo prevê o escoamento de até 26,5 milhões de toneladas por ano de minério, o que geraria uma receita de 190 milhões de dólares para a empresa de Eike Batista.

Asco

Em fevereiro, a LLX assinou um contrato com a Asco, uma das maiores empresas do mundo para prestação de serviços de logísticas para o setor de óleo e gás. O objetivo, segundo a empresa de Eike, é oferecer às companhias que se instalem no Porto de Açu um parceiro capaz de auxiliar quem se instalar no polo petrolífero que a LLX pretende montar ao redor do Açu.


Techint

A multinacional ítalo-argentina também pode ser atrapalhada pela crise das empresas de Eike Batista. Na prática, a empresa viu seu contrato para o desenvolvimento da plataforma fixa WHP 1 ser interrompido pela OSX, o braço de construção naval e prestação de serviços da EBX. A suspensão ocorreu depois que a petroleira do grupo, a OGX, suspendeu os pedidos à OSX, alegando que não vai desenvolver alguns campos. A WHP 1 deveria entrar em operação em 2015, sendo capaz de perfurar até 30 poços.

Wisco

A chinesa Wuhan Iron and Steel Corp (Wisco) é sócia de Eike na mineradora MMX, com uma fatia de 10,5%. Além da forte queda dos papéis da mineradora, que ameaça pulverizar o investimento dos chineses, a Wisco também assinou um contrato de 20 anos para comprar 50% da produção de minério de ferro do Sistema Sudeste, cujo principal projeto, o de Serra Azul, deve ser adiado de 2014 para 2017, segundo a coluna Radar Online, de Veja.

SK Networks

A coreana SK Networks também é sócia de Eike na MMX, com uma participação de 8,8%. Assim como a chinesa Wisco, a SK também assinou um contrato de 20 anos para comprar 14% da produção de minério de ferro do Sistema Sudeste. E, por isso, também pode ser prejudicada pelo adiamento do projeto de Serra Azul.

MRS Logística

A MRS Logística é uma das maiores operadoras de ferrovias do Brasil. No final de dezembro de 2011, a empresa assinou um contrato com a MMX para transportar até 36 milhões de toneladas por ano de minério de ferro. Nas apresentações, a MMX enfatizava a facilidade logística, pois a mina de Serra Azul fica a apenas 10 quilômetros da linha férrea da MRS, que se ligaria ao Porto de Açu. O problema é que Serra Azul pode ser adiado. O contrato com a MRS vence apenas em 2026.

Hyundai Heavy Industries

Em fevereiro de 2010, a Hyundai Heavy Industries, do Grupo Hyundai, anunciou uma parceria com a OSX, o braço de construção naval e prestação de serviços para óleo e gás do Grupo EBX. Pelo acordo, os coreanos compraram 10% da OSX e forneceriam a tecnologia para operar o estaleiro da OSX em construção no Porto de Açu. O problema é que, com a suspensão dos pedidos de plataformas da coirmã OGX, Eike estaria estudando fechar o estaleiro.

Acompanhe tudo sobre:EBXEike BatistaEmpresáriosEmpresasGás e combustíveisIndústria do petróleoMineraçãoMMXOGpar (ex-OGX)OSXPersonalidadesPetróleoPrumo (ex-LLX)Setor de transporteSiderúrgicas

Mais de Negócios

'E-commerce' ao vivo? Loja física aplica modelo do TikTok e fatura alto nos EUA

Catarinense mira R$ 32 milhões na Black Friday com cadeiras que aliviam suas dores

Startups no Brasil: menos glamour e mais trabalho na era da inteligência artificial

Um erro quase levou essa marca de camisetas à falência – mas agora ela deve faturar US$ 250 milhões