Em 2020, os alimentos plant-based tiveram US$ 82,8 milhões de faturamento no Brasil (PlantPlus Food/Divulgação)
A proposta da PlantPlus Foods é simples: atingir o consumidor que quer uma alternativa à carne mas que ainda tem dificuldade de deixar o hábito de comê-la, os chamados "flexitarianos". Desde 2020, a foodtech de alimentos plant-based já chegava ao mercado com raízes fortes. Joint venture da Marfrig e ADM, a marca trouxe para o mercado uma opção 100% vegetal mais semelhante à carne animal. Até mesmo no momento do preparo.
No Brasil, o faturamento dos alimentos plant-based é significativo e vem crescendo ao longo dos anos. Em 2020, foram US$ 82,8 milhões. A projeção é que, até 2025, chegue a US$ 130 milhões. Já mundo afora, a projeção fica na casa dos U$ 370 bilhões até 2035, com participação brasileira variando entre 7 e 23%.
Com o objetivo de angariar os mais de 52% de flexitarianos do Brasil — que consomem uma dieta com proteína diversificada (vegetal e animal) —, conforme aponta o estudo do Ibope, encomendado pela ADM e GFI, a PlantPlus Food implementou novos produtos e avança para competir com as marcas 100% vegetais.
Inicialmente com quatro produtos no mercado — e agora oito, com lançamento de outros quatro em setembro —, a marca tem ganhado espaço nos frigoríficos dos mercados por trazer um preço competitivo em um produto 100% vegetal, cujo ingrediente principal é a soja.
“O Brasil é um grande mercado de proteína. Nossa estratégia é inovar para trazer mais alimentos de qualidade ao consumidor que deseja experimentar diferentes opções plant-based nas refeições — seja dentro ou fora de casa”, diz Beatriz Hlavnicka, head de marketing Latam da PlantPlus Foods.
No Brasil, 39% da população já consome produtos à base de planta três vezes na semana, o que mostra um mercado bastante próspero — e que já estava na mira da ADM e Marfrig. A criação da PlantPlus Food veio, dessa forma, para suprir essa "lacuna" do mercado que ainda tem poucas marcas concorrentes.
Para atingir o sabor, aroma e textura semelhantes à carne animal, a marca investiu forte em tecnologia e controle de qualidade. Rodrigo Burakovas, gerente de serviços técnicos e desenvolvimento para produtos Plant-Based da ADM Latam, destaca que o modo de preparo e a experiência visual e sensorial da carne é pensada desde a concepção do projeto.
“Buscamos trazer a melhor experiência de consumo em nossos produtos e para isso pensamos em todos os processos e ingredientes, desde a formulação, até o modo de preparo que pode ser realizado pelo consumidor”, conclui.
Para facilitar o modo de preparo e fisgar o público com mais opções, a marca também criou os produtos para cozimento na fritadeira elétrica, forno à gás ou elétrico e frigideira.
Hoje, a foodtech atua na América do Norte e Sul, com sede em Chicago, no estado americano de Illinois. No Brasil, a fábrica da PlantPlus Food fica Varzea Grande, no Matro Grosso. Em São Paulo, na cidade de Hortolândia, está localizado o centro de inovação da ADM, onde os produtos são desenvolvidos.
Um diferencial interessante da marca para as demais concorrentes é que, além da tecnologia e expertise utilizada para criação dos produtos — de forma que realmente sejam semelhantes à carne animal —, todo o portfólio da empresa traz um alto número de proteínas, fibras e nutrientes. Só nos hambúrgueres individuais, de 100g, as proteínas correspondem à 19% (14g) e fibras a 16%.
Os novos produtos, lançados neste mês, são os hambúrgueres sabores picanha e costela, frango desfiado e linguiça toscana e completam o cardápio da marca, que, em 2021, já comercializava hambúrgueres, carne moída, almôndegas e quibe.
Além de trazer mais opções de consumo, a Plant Plus Foods quer ampliar a penetração da categoria de proteína vegetal no país. “Estamos trabalhando para tornar o produto plant-based acessível a todo perfil de público, em qualquer região do Brasil. Por isso, investimos em grandes cadeias do food service e do varejo, mas também distribuímos em parceiros regionais”, diz George Bravo, head de vendas Latam da PlantPlus Foods.
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