São Paulo - A semana de negócio começou triste com o adeus a Antônio Ermírio de Moraes, que faleceu no domingo aos 86 anos.
Além da morte do empresário, empresas como Burger King, Boeing e Telefonica foram destaque no período. Veja, a seguir, 10 importantes notícias de negócios da semana:
Morte de Antônio Ermírio de Moraes
O empresário e presidente de honra do Grupo Votorantim, Antônio Ermírio de Moraes, morreu na noite do último domingo. Ele faleceu de insuficiência cardíaca em casa, aos 86 anos, e deixa a mulher Maria Regina Costa de Moraes, com quem teve nove filhos.
Ermírio iniciou sua carreira no Grupo Votorantim em 1949, e foi o responsável pela instalação da Companhia Brasileira de Alumínio, inaugurada em 1955.
Roche faz aquisição bilionária
A suíça Roche chegou comprou a norte-americana de biotecnologia InterMune por 8,3 bilhões de dólares. A operação visa fortalecer a área de remédios para doenças respiratórias da Roche.
A aquisição é a maior feita pela companhia desde 2009, quando comprou a Genentech, por 47 bilhões de dólares.
O Boticário é a empresa mais inovadora
O Boticário é a empresa mais inovadora do Brasil, segundo ranking elaborado pela consultoria DOM Strategy Partners. Em segundo lugar na lista fica a Netshoes e em terceiro a Chili Beans.
O levantamento engloba companhias de 14 segmentos.
Burger King compra Tim Hortons
O Burger King anunciou, na última terça-feira, a compra de rede de fast food canadense Tim Hortons por 11,4 bilhões de dólares – montante que será pago em dinheiro e ações.
Os negócios combinados das duas empresas somam 18 bilhões de dólares e a aquisição dá origem a terceira maior empresa de fast food do mundo.
Boeing recebe encomenda de US$ 8,8 bilhões
A Boeing fechou mais uma encomenda bilionária neste ano. A companhia anunciou, na ultima segunda-feira, a venda de 82 aeronaves para BOC Aviation, de Cingapura.
O acordo entre as duas empresas é estimado em 8,8 bilhões de dólares. Dos 82 aviões, 50 são do modelo 737 MAX 8s, 30 do Next-Generation 737-800 e dois 777-300ERs.
Brastemp diversifica com cápsulas
A Brastemp lançou nesta semana sua primeira máquina de bebidas. O equipamento é capaz de fazer 10 tipos de bebidas, entre elas, café, suco, chá e até refrigerantes.
Pernambucanas é condenada por lista suja
A Pernambucanas foi condenada pela Justiça do Trabalho a pagar uma indenização de 100.000 reais por dano moral coletivo por fornecer a outras empresas dados de ex-empregados que já haviam entrado com processos contra ela, em Minas Gerais.
O objetivo da chamada "lista suja", segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), seria descredibilizar a conduta profissional desses ex-funcionários para outros empregadores
Odebrecht é a mais internacionalizada
A Construtora Norberto Odebrecht é a empresa mais internacionalizada do Brasil, segundo uma Uma pesquisa da Fundação Dom Cabral. O primeiro negócio da Odebrecht fora do país foi aberto em 1979, no Peru.
Hoje a empresa opera em 17 países, tendo 0,652% de suas receitas vindas de negócios no exterior, segundo os dados da pesquisa.
Telefonica terá exclusividade por GVT
A Vivendi vai entrar em negociações exclusivas com a Telefónica para vender a brasileira GVT, após o grupo espanhol elevar sua oferta para 7,45 bilhões de euros (US$ 9,83 bilhões) em dinheiro e ações.
A nova proposta supera, por enquanto, uma oferta rival da Telecom Itália.
Carrefour diversifica no Brasil
O Carrefour anunciou nesta semana que vai começar a explorar no Brasil o modelo de loja de proximidade, os chamados minimercados, e espera que essas lojas sejam a maior parte das inaugurações previstas para os próximos doze meses.
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1. Brasileiras globais
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1/31 (Miriam Fichtner/Pluf Fotos)
São Paulo – Expandir os negócios para fora do seu país de origem é um salto e tanto para qualquer empresa – e não são todas que acabam se dando bem na empreitada. Uma pesquisa da Fundação Dom Cabral divulgada hoje traz os nomes daquelas que souberam melhor como fazer isso a ponto de ter boa parte de seu faturamento vindo do mercado externo. O ranking elaborado usa como critério um índice de transnacionalidade, composto três números básicos: quanto da receita total vem do exterior, quanto dos ativos estão fora do país e quantos funcionários a empresa emprega no estrangeiro.
O resultado você confere a seguir.
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2. 1 - Construtora Norberto Odebrecht
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2/31 (Divulgação/EXAME)
Índice de transnacionalidade: 0,549 O primeiro negócio da Odebrecht fora do país foi aberto em 1979, no Peru. Hoje a empresa opera em 17 países, tendo 65,2% de suas receitas vindas de negócios no exterior, segundo os dados da pesquisa. A empresa possui lá fora 61,2% do total de seus ativos, número que a levam a liderar o ranking das multinacionais mais internacionalizadas do país.
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3. 2 - Gerdau
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3/31 (Divulgação)
Índice de transnacionalidade:0,547 Foi em 1980 que a Gerdau investiu em sua primeira operação fora do país, no Uruguai. Hoje a empresa conta com presença em 19 países e tem 55% de suas receitas provenientes do mercado externo. Com isso, 46,5% dos funcionários da Gerdau no mundo trabalham fora do Brasil.
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4. 3 – InterCement
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4/31 (Germano Lüders/EXAME)
Índice de transnacionalidade: 0,539 A empresa de cimentos InterCement, que pertence ao grupo Camargo Corrêa, ocupa o terceiro lugar do ranking por ter quase metade de suas receitas e ativos localizados fora do país. “A empresa se beneficiou nestes últimos anos do forte crescimento de demanda dos países africanos”, segundo informações da pesquisa. Por meio de suas fábricas em Portugal, a empresa abasteceu o mercado do continente.
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5. 4 - Stefanini
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5/31 (Germano Lüders/EXAME.com)
Índice de transnacionalidade: 0,537 A consolidação das aquisições internacionais da Stefanini levou a empresa a ocupar a primeira posição entre as empresas com operações fora do país – ela está presente em 32 lugares – e o quarto lugar entre as mais internacionalizadas. Do total de ativos da empresa hoje, 0,705% ficam no exterior e do total de funcionários 46,5% estão fora do país.
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6. 5 - Metalfrio
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6/31 (Divulgação)
Índice de transnacionalidade: 0,530 De acordo com a pesquisa, a capacidade da Metalfrio de alavancar a produção nas operações europeias fez com que a empresa faturasse mais fora do país, resultado do aumento de vendas tanto para os clientes tradicionais quanto para os do Oriente Médio e Europa. Entre as empresas que faturam mais de R$ 1 bilhão por ano, a Metalfrio é a mais internacionalizada.
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7. 6 - Magnesita
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7/31 (Divulgação/Magnesita)
Índice de transnacionalidade: 0,527 A Magnesita tem operações em 22 países e 64,4% de suas receitas são provenientes de vendas no mercado estrangeiro. A empresa lidera no quesito de mais ativos no exterior - 75,8% de tudo o que a empresa possui de estrutura está fora do país.
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8. 7 - Marfrig
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8/31 (Paulo Whitaker/Reuters)
Índice de transnacionalidade: 0,522 A Marfrig começou sua internacionalização por meio de sua primeira subsidiária no Chile, em 2005, e já ocupa o sétimo lugar no ranking geral. Hoje 0,628 de suas receitas vêm do mercado externo e 0,521% de seus funcionários estão fora do país, segundo dados da FDC.
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9. 8 - JBS
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9/31 (AFP)
Índice de transnacionalidade: 0,499 O primeiro negócio da JBS fora do país foi aberto em 2005 na Argentina, mas hoje a empresa é a que mais teve receitas provenientes do mercado externo – 70,1%. Do total de funcionários da empresa, 47,6% estão no estrangeiro.
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10. 9 - Artecola
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10/31 (Divulgação/Artecola)
Índice de transnacionalidade: 0,397 Com 38,4% dos funcionários fora do país, a Artecola expandiu as operações no exterior com a entrada no mercado da Ásia viabilizada por um novo produto e joint venture com um sócio local, segundo informações do relatório.
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11. 10 - IBOPE
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11/31 (Cláudio Pedroso)
Índice de transnacionalidade: 0,390 A primeira operação do IBOPE fora do país foi feita na Argentina em 1990 e a consolidação dos negócios da empresa na América Latina é o aumento da fatia de participação em empresas parceiras fora do país foram o que contribuiu para a empresa estar em décimo lugar no ranking, de acordo com a FDC.
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12. 11 - Sabó
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12/31 (Omar Paixão)
Índice de transnacionalidade: 0,387 Também foi pela Argentina que a Sabó começou a operar fora do Brasil, em 2005, segundo dados da pesquisa. Do total faturado pela empresa, 46,6% provém de negócios fora do país.
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13. 12 - Tupy
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13/31 (Divulgação)
Índice de transnacionalidade: 0,375 A Tupy iniciou sua internacionalização nos Estados Unidos, em 1976 e hoje 45,4% das receitas são de operações da empresa são conquistados fora do país.
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14. 13 - Tavex
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14/31 (Arquivo/Wikimedia Commons)
Índice de transnacionalidade: 0,369 Foi em 1995, na Argentina, que a Tavex (também controlada pelo grupo Camargo Corrêa) abriu sua primeira subsidiária fora do país, apesar da expansão dos negócios nos Estados Unidos por meio de sua operação no México ter contribuído fortemente para a empresa ocupar a décima terceira posição no ranking, segundo a FDC.
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15. 14 - Minerva Foods
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15/31 (Divulgação)
Índice de transnacionalidade: 0,343 A fabricante de alimentos processados Minerva começou sua internacionalização por meio de uma subsidiária aberta no Paraguai, em 2008. Hoje é a segunda empresa brasileira com mais ativos no exterior – 74,5%.
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16. 15 - Votorantim
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16/31 (Divulgação)
Índice de transnacionalidade: 0,339 A primeira subsidiária internacional da Votorantim foi aberta em 2001 no Canadá - hoje 21 países contam com uma operação da companhia.
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17. 16 - DMS Logistics
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17/31 (Wikimedia Commons/EXAME.com)
Índice de transnacionalidade: 0,320 A DMS Logistcs abriu sua primeira filia fora do Brasil em 2007 nos Estados Unidos. A companhia está entre as cinco empresas mais internacionalizadas do país com faturamento até 1 bilhão de reais. Recentemente, a fim de expandir suas operações na América Latina, a empresa abriu duas filiais, uma no Chile e outra na República Dominicana. O índice de receita vinda de suas operações no exterior é de 48,7%.
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18. 17 - OAS
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18/31 (Dado Galdieri/Bloomberg)
Índice de transnacionalidade: 0,305
A primeira filial da OAS foi aberta em 2005 no Chile. A companhia do setor de infraestrutura tem índice de ativos de 59,9% vindos de seus negócios no exterior.
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19. 18 - BRF
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19/31 (Divulgação)
Índice de transnacionalidade: 0,293 Presente em 19 países, a BRF está entre as empresas mais internacionalizadas do país. Em 2008, a companhia, dona das marcas Sadia e Perdigão, abriu sua primeira unidade na Holanda.
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20. 19 - Vale
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20/31 (Yusuf Ahmad/Reuters)
Índice de transnacionalidade: 0,290
A Vale está presente em 27 países e em 2006 estreou no mercado canadense. A companhia está entre as 10 empresas com maior índice de ativos fora do mercado brasileiro, que chega a 51,6%.
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21. 20 - Tigre
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21/31 (Divulgação)
Índice de transnacionalidade: 0,289 A 20ª companhia mais internacionalizada do país começou suas operações no exterior em 1977, no Paraguai. Fundada em 1941, a Tigre possui mais de 10 fábricas que operam fora do mercado brasileiro.
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22. 21 - Andrade Gutierrez
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22/31 (Bruno Kelly/Reuters)
Índice de transnacionalidade: 0,284
A Andrade Gutierrez é uma das maiores construtoras do Brasil e possui operações em cerca de 20 países diferentes. O processo de internacionalização da companhia começou nos anos 80, com foco em América Latina, Europa e África.
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23. 22 - WEG
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23/31 (Germano Lüders/EXAME)
Índice de transnacionalidade: 0,281
A primeira filial da WEG fora do Brasil foi aberta nos Estados Unidos em 1991. Atualmente, a companhia está presente em 31 diferentes países.
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24. 23 - Marcopolo
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24/31 (Divulgação/Marcopolo)
Índice de transnacionalidade: 0,241 A primeira unidade da Marcopolo inaugurada no exterior foi em Portugal no início da década de 90. Atualmente, a companhia possui operações em 25 diferentes países. O índice de funcionários fora do território nacional da Marcopolo é de 0,398%.
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25. 24 - CZM
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25/31 (Divulgação/CZM)
Índice de transnacionalidade: 0,234
A primeira unidade da CZM fora do Brasil foi aberta em 2012 nos Estados Unidos. Embora o processo de internacionalização tenha começado recentemente, a companhia está entre as 10 empresas mais internacionalizadas do país com faturamento até 1 bilhão de reais.
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26. 25 - Embraer
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26/31 (Jacob Kepler/Bloomberg)
Índice de transnacionalidade: 0,227
A primeira filial da Embraer fora do Brasil foi inaugurada em 1979 nos Estados Unidos. Em 2013, a fabricante de avião inaugurou uma nova planta no mercado americano para a produção dos Super Tucanos adquiridos pela Força Aérea dos Estados Unidos.
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27. 26 - Camil
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27/31 (Getty Images)
Índice de transnacionalidade: 0,217
A Camil começou seu processo de internacionalização em 2007, com a compra da companhia Saman no Uruguai. Em 2009, comprou no Chile a Tucapel. Com essas aquisições, a companhia possui atualmente 12 plantas produtivas no Brasil, 9 no Uruguai e 4 no Chile.
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28. 27 - Alpargatas
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28/31 (Kai Hendry/Wikimedia Commons)
Índice de transnacionalidade: 0,211
A Alpargatas, dona da Havaianas, começou seu processo de internacionalização em 2007, na Argentina. Em outubro de 2008, a companhia adquiriu mais de 60% da Alpargatas Argentina, sua antiga controladora. No ano passado, comprou a totalidade das ações da empresa.
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29. 28 - IndusParquet
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29/31 (Stock.XCHNG/Reprodução)
Índice de transnacionalidade: 0,206
A IndusParquet, centenária companhia do setor madeireiro, inaugurou sua primeira filial fora do Brasil em 2005, na França. Bem antes disso, no entanto, já exportava seus produtos para diferentes países do mundo.
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30. 29 - Construtora Camargo Corrêa
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30/31 (Divulgação)
Índice de transnacionalidade: 0,201
O processo de internacionalização da Camargo Corrêa começou em 1978, com a primeira filial da companhia aberta na Venezuela. Atualmente, a empresa tem operações em mais de 20 países.
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31. Agora, veja as 20 empresas que mais lucraram até junho no Brasil
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31/31 (Pedro Lobo/Bloomberg News)