Desde que deixou a presidência da Vale, em abril do ano passado, Roger Agnelli passou um tempo longe dos holofotes. Neste ano, porém, o seu retorno foi em grande estilo. Em julho, o executivo e agora empresário anunciou uma parceria com o BTG Pactual, de André Esteves, para a criação da B&A Mineração – empresa que vai atuar em um setor no qual Agnelli conhece muito bem. Inicialmente, a nova empresa recebeu investimentos de 520 milhões de dólares. O montante será aplicado para o desenvolvimento e expansão da B&A – que segundo Agnelli não nasceu para ser pequena.
Jorge Paulo Lemann sempre foi notícia por estar entre os homens mais ricos do Brasil e liderar grandes negócios, como a Ab InBev, maior cervejaria do mundo. Neste ano, porém, o empresário ganhou ainda mais popularidade depois de desbancar Eike Batista e se tornar, por alguns dias, o homem mais rico do Brasil. No início desse mês, segundo ranking da Bloomberg, após revés das ações de Eike, Lemann ficou com a primeira posição no ranking entre os brasileiros. A liderança, no entanto, durou pouco e menos de dez dias depois, o dono das empresas X voltou ao primeiro lugar. Lemann tem fortuna avaliada em 18,9 bilhões de dólares.
Outra executiva que também se tornou ainda mais popular no mundo dos negócios neste ano é Marissa Mayer, que deixou a vice-presidência de produtos do Google para assumir a posição de CEO do Yahoo!. Com sua nomeação como presidente, Marissa se juntou a uma pequena lista das mulheres que estão no topo das empresas do Vale do Silício. Além de se tornar CEO, a executiva recentemente deu à luz seu primeiro filho, mas não pense que ela optou pela licença maternidade: em 15 dias, ela já estava de volta ao trabalho.
Em junho deste ano, a GOL anunciou Paulo Kakinoff para o posto de CEO da companhia. Ex-presidente da Audi do Brasil, o executivo assumiu o comando da companhia aérea em um momento delicado e, por isso, esteve nos holofotes dos negócios em 2012. De imediato, teve de desmentir que sua principal tarefa seria preparar a GOL para ser vendida. Kakinoff foi responsável por gerir o fim da companhia Webjet e, com isso, precisou demitir cerca de 850 pessoas.
Masayoshi Son é conhecido no mundo dos negócios por sua extravagância e instabilidade. Fundador do Softbank, companhia do setor de telecomunicações, o empresário japonês foi protagonista, em outubro, da maior aquisição feita por uma empresa japonesa no exterior e, por isso, esteve nos holofotes dos negócios neste ano. O Softbank comprou, por 20 bilhões de dólares, 70% da empresa americana de comunicação Sprint Nextel. A aquisição colocou o empresário em destaque nas principais mídias do mundo todo.
Sara Blakely é linda, loira, rica e, pela primeira vez neste ano, foi citada no ranking de bilionários da revista Forbes. A empresária é dona da marca de lingerie Spanx e tem fortuna avaliada em 1 bilhão de dólares. Mas não foi só pelo fato de Sara ter uma generosa conta no banco que ela foi destaque em 2012. Ela ficou bastante conhecida depois de contar ao mundo métodos de gestão um tanto inusitados, aplicados em sua companhia. Entre eles, o de Sara fazer questão de experimentar todas as lingeries que produz na frente de toda diretoria.
David Neeleman é uma figura carimbada no mundo dos negócios. Fundador da companhia aérea Azul e da americana JetBlue, neste ano, o empresário foi destaque após reassumir a presidência da empresa brasileira. Neeleman voltou a ser CEO da Azul, depois que Pedro Janot precisou se afastar de suas funções devido a um acidente.
Henrique Meirelles deixou a presidência do Banco Central no início de 2010 e, durante um bom tempo, ficou afastado dos holofotes dos negócios. Neste ano, Meirelles, no entanto, voltou a ser notícia. O executivo assumiu, em março, a presidência do conselho administrativo do JBS. No mesmo mês, também foi indicado para uma cadeira no conselho da Azul. Meirelles é também membro do conselho do banco Lazard nas Américas e da gestora global de fundos de private equity KKR.
Em abril, a Avon anunciou o nome de Sherilyn McCoy para assumir o posto de CEO da companhia, no lugar de Andrea Jung. Sheri, como prefere ser chamada, era vice-presidente da área de consumo da Johnson & Johnson, empresa onde trabalhou por cerca de 30 anos. Na Avon, a executiva tem a difícil missão de recuperar o fôlego e se manter como maior no setor de vendas diretas.
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