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Zimbábue deixa de pagar e Moçambique corta eletricidade

O alcance do blecaute permanece ainda desconhecido, mas o Zimbábue importa de Moçambique 100 megawatts

O Zimbábue precisa de 2,1 mil megawatts, mas só produz 1,3 mil  (Fabio Luiz A. Silva/ Flickr Commons)

O Zimbábue precisa de 2,1 mil megawatts, mas só produz 1,3 mil (Fabio Luiz A. Silva/ Flickr Commons)

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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2012 às 22h02.

Harare - A companhia elétrica estatal moçambicana, Hidroelétrica de Cahorra Bassa, cortou a provisão de energia à vizinha Zimbábue por uma dívida de US$ 80 milhões, informou nesta quinta-feira o jornal independente zimbabuano 'Newsday'.

Funcionários da Autoridade Nacional de Rede Elétrica do Zimbábue (ZESA) afirmaram ao jornal que a energia elétrica procedente de Moçambique foi interrompida ontem.

'A razão é uma dívida de US$ 80 milhões' assegurou um diretor da ZESA ao 'Newsday'.

O alcance do blecaute permanece ainda desconhecido, mas o Zimbábue importa de Moçambique 100 megawatts, enquanto a Zâmbia e a República Democrática do Congo fornecem 200 e 100, respectivamente.

O Zimbábue precisa de 2,1 mil megawatts, mas só produz 1,3 mil e depende das importações para cobrir suas necessidades energéticas.

A provisão elétrica no Zimbábue é extremamente precária há uma década, devido à crise econômica que afeta o país, e muitos dos lares sofrem cortes frequentes de até 17 horas diárias.

A companhia estatal de distribuição elétrica acumula uma dívida de US$ 450 milhões de seus clientes, entre os quais se encontram importantes funcionários governamentais, segundo o ministro da Energia, Elton Mangoma.

Relatórios publicados no mês passado revelaram que boa parte dos ministros do Zimbábue deve à companhia entre US$ 20 mil e US$ 100 mil por falta de pagamentos em sua casas, fazendas ou negócios.

O primeiro-ministro do Zimbábue, Morgan Tsvangirai, informou nesta semana o saldo de sua dívida com ZESA, que ascendia a US$ 5 mil.

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