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Zika pode se espalhar pelos EUA e outros lugares, diz OMS

O diretor David Heymann disse que a doença ainda forma uma emergência internacional, embora o risco de infecção em pessoas que irão à Paralimpíada seja baixo


	Zika: o chefe de emergências e surtos da OMS, Peter Salama, disse que é provável que o vírus continue a se espalhar
 (Daniel Becerril/File Photo/Reuters)

Zika: o chefe de emergências e surtos da OMS, Peter Salama, disse que é provável que o vírus continue a se espalhar (Daniel Becerril/File Photo/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2016 às 14h23.

Genebra - Cingapura lidou com o surto do zika de maneira exemplar até o momento, enquanto os Estados Unidos podem ver a doença se espalhar para além da Flórida, apesar de medidas de controle contra o mosquito, disseram autoridades da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira.

Falando após encontro do comitê de emergência da OMS sobre o zika, o diretor David Heymann disse que a doença ainda forma uma emergência internacional, embora o risco de infecção em pessoas que irão à Paralimpíada do Rio de Janeiro, neste mês, seja baixo.

"Este evento extraordinário está rapidamente se tornando, infelizmente, um evento ordinário. E o zika está começando a se espalhar, de forma contínua para causar surtos em muitos países pelo mundo", disse Heymann durante entrevista coletiva.

Cingapura, com um "sistema de saúde muito avançado tecnologicamente" conseguiu identificar a doença "muito cedo", disse Heymann. "Mas em outros países onde pode chegar em algum momento, este pode não ser o caso".

O chefe de emergências e surtos da OMS, Peter Salama, disse que é provável que o vírus continue a se espalhar.

Autoridades da Flórida disseram na quinta-feira que interceptaram os primeiros mosquitos que testaram positivo para o zika vírus na área de Miami, confirmando relatos de transmissões da doença nos EUA. Houve 49 casos de zika em pessoas que podem ter contraído em uma pequena área de Miami.

Salama, perguntado sobre a Flórida e o risco da doença se espalhar pelos Estados Unidos, disse: "em termos de se espalhar mais, sim, um risco. Como dizemos, os EUA não são exceção. Onde há um vetor competente, neste caso o Aedes aegypti, há risco do vírus se espalhar".

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