Volodymyr Zelensky: presidente da Ucrânia enfrenta desafios para definir acordo de paz com a Rússia (Ozan Kose/AFP)
Repórter
Publicado em 25 de novembro de 2025 às 16h22.
Última atualização em 25 de novembro de 2025 às 16h32.
O presidente Volodymyr Zelensky declarou nesta terça-feira, 25, que está disposto a avançar com um acordo de paz respaldado pelos Estados Unidos. Segundo ele, a Ucrânia está aberta a discutir pontos sensíveis da proposta com o presidente norte-americano, Donald Trump, mas também prefere que essas conversas envolvam aliados europeus.
Em discurso direcionado à chamada "coalizão dos dispostos", grupo internacional de apoio à Ucrânia, o presidente ucraniano pediu que líderes europeus estruturem um plano para o envio de uma “força de apoio” ao país, informou a agência Reuters.
Zelensky também solicitou a continuidade da ajuda internacional enquanto Moscou não sinalizar disposição para encerrar a guerra.
Mais cedo, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou pelas redes sociais que o governo dos Estados Unidos fez “tremendo progresso” em direção a um acordo de paz entre Ucrânia e Rússia. Segundo ela, alguns pontos sensíveis ainda dependerão de negociações diretas entre as partes envolvidas.
"Há alguns detalhes delicados, mas não insuperáveis, que precisam ser resolvidos e exigirão novas conversas entre a Ucrânia, a Rússia e os Estados Unidos", disse Karoline Leavitt.
Representantes dos Estados Unidos, Rússia e Ucrânia estão reunidos em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, para discutir os termos de um plano de paz proposto pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump. As conversas começaram na noite de segunda-feira, 24, e devem continuar ao longo desta terça. Ainda não há confirmação se os encontros ocorrem de forma conjunta ou separadamente entre as delegações.
Segundo o primeiro-vice-ministro de Relações Exteriores da Ucrânia, Sergiy Kyslytsya, o plano inicial, que contava com 28 pontos, foi reduzido para 19 após revisões. Kyslytsya afirmou que a versão atualizada gerou uma impressão “positiva” entre as partes e se distancia do conteúdo do texto original.
Washington vinha pressionando Kiev a aceitar integralmente a proposta inicial, elaborada por autoridades americanas e russas. A Ucrânia, no entanto, rejeitou diversos itens que considera extrapolar os limites do aceitável.