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Zelensky pede ajuda ao Papa para negociar com a Rússia

Desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, que deixou milhares de mortos, principalmente civis, o papa Francisco reiterou os apelos à paz

Papa Francisco durante missa no Vaticano. (Remo Casilli/Reuters)

Papa Francisco durante missa no Vaticano. (Remo Casilli/Reuters)

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AFP

Publicado em 22 de março de 2022 às 11h17.

O presidente ucraniano Volodimir Zelensky convidou nesta terça-feira (22) o papa Francisco a atuar como mediador nas negociações entre Ucrânia e Rússia, que iniciou uma guerra contra seu vizinho no final de fevereiro.

"Apreciaríamos o papel de mediador da Santa Sé para acabar com o sofrimento humano" na Ucrânia, tuitou Zelensky após um telefonema com o papa, depois que o Kremlin julgou que as negociações atuais com Kiev não foram suficientemente "substanciais".

O presidente ucraniano declarou que informou a "Sua Santidade sobre a situação humanitária difícil e o bloqueio dos corredores humanitários pelas tropas russas" e agradeceu as "orações pela Ucrânia e pela paz" feitas pelo papa.

Desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, que deixou milhares de mortos, principalmente civis, o papa Francisco reiterou os apelos à paz.

Em uma oração pública em 16 de março, pediu perdão a Deus em nome dos humanos que "continuam bebendo o sangue dos mortos destruídos pelas armas".

Ucrânia, um país majoritariamente ortodoxo, conta com uma importante minoria greco-católica dependente do Vaticano, concentrada principalmente no oeste do país.

Esta confissão católica de rito oriental, que é a terceira Igreja na Ucrânia, afirma ter 5,5 milhões de fiéis na ex-república soviética, que antes da guerra tinha cerca de 40 milhões de habitantes.

Quase 9% dos ucranianos afirma pertencer a esta Igreja, enquanto 58% se reivindica como parte da Igreja ortodoxa independente e 25% como parte do Patriarcado de Moscou, segundo uma pesquisa de 2021.

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