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Zelensky insiste que União Europeia precisa 'fazer mais' pela Ucrânia

Chefes de Estado e de governo da UE descartaram na quinta-feira a rápida adesão da Ucrânia ao bloco, mas deixaram a porta aberta para laços mais estreitos

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky  (AFP/AFP)

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 11 de março de 2022 às 13h18.

A União Europeia (UE) tem que "fazer mais" pela Ucrânia, insistiu nesta sexta-feira (11) o presidente ucraniano Volodimir Zelensky, depois que os líderes do bloco comunitário descartaram um dia antes uma possível adesão rápida de seu país.

"A União Europeia deve fazer mais. Deve fazer mais por nós, pela Ucrânia", disse ele em um vídeo postado no Telegram. "As decisões dos políticos devem coincidir com o humor de seu povo", enfatizou.

Chefes de Estado e de governo da UE descartaram na quinta-feira a rápida adesão da Ucrânia ao bloco, mas deixaram a porta aberta para laços mais estreitos.

Kiev apresentou seu pedido de adesão na esperança de poder aderir rapidamente ao bloco. O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, enfatizou que "não há uma via rápida" para a adesão, mas que a UE quer trabalhar intensamente com a Ucrânia.

No mesmo vídeo, Zelensky atacou a Rússia na sexta-feira pela ideia de receber combatentes sírios voluntários que querem se juntar à frente contra os ucranianos.

"Esta é uma guerra contra um inimigo muito teimoso [...] que decidiu contratar mercenários contra nossos cidadãos. Assassinos da Síria, de um país onde tudo foi destruído pelos invasores, algo que eles estão nos fazendo passar" agora , declarou Zelensky.

Essa ideia de admitir sírios nas fileiras russas que lutam na Ucrânia foi proposta na sexta-feira pelo ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, ao presidente Vladimir Putin, que a apoiou.

"Se você vê pessoas que querem ir voluntariamente, e não por dinheiro, para ajudar as pessoas que vivem em Donbas (leste da Ucrânia), você precisa recebe-las e facilitar para elas chegarem à zona de combate", disse Putin.

A Rússia forneceu um maciço apoio militar ao regime sírio desde o outono de 2015, apoiando suas forças contra rebeldes e jihadistas, ajudando a manter Bashar al-Assad no poder, que agora voltou a controlar a maior parte da Síria.

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