O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fala durante uma coletiva de imprensa conjunta no fórum "Ucrânia. Ano 2025" em Kiev em 23 de fevereiro de 2025, em meio à invasão russa da Ucrânia. (Foto de Tetiana DZHAFAROVA / AFP) (Tetiana DZHAFAROVA/AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 3 de março de 2025 às 06h34.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse neste domingo, 2, que está pronto para se sentar novamente com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e para assinar o acordo sobre exploração de minerais que haviam pactuado, mas que foi paralisado depois que os dois governantes bateram boca diante da imprensa na Casa Branca.
Em entrevista a vários dos jornalistas mais conhecidos do Reino Unido antes de concluir uma viagem a esse país, onde hoje participou de uma cúpula com líderes europeus, ele afirmou que considerou o desentendimento diplomático com Trump e o vice-presidente americano, J.D. Vance, “não trouxe nada de positivo para a paz”, mas se recusou a pedir desculpas.
“Eu queria que a posição da Ucrânia fosse ouvida, não queria que nossa posição fosse ambígua”, disse.
Apesar de ter se recusado a responder se achava que havia sido “emboscado” por Trump e Vance, ele insistiu que falaria com o presidente dos EUA novamente se ele fosse “convidado a resolver os problemas reais”.
“Se concordarmos em assinar o pacto de minerais, estamos prontos para fazê-lo. O acordo sobre a mesa será assinado. O acordo sobre a mesa será assinado se as partes estiverem prontas”, enfatizou.
Em relação ao plano de paz franco-britânico apresentado pelo premiê do Reino Unido, Keir Starmer, na cúpula deste domingo aos aliados europeus, Zelensky disse acreditar que ele dará frutos “nas próximas semanas”.
Questionado sobre a trégua de um mês na infraestrutura aérea, marítima e de energia da Ucrânia proposta no plano e anunciada pela França, Zelensky afirmou que estava “ciente de tudo”, mas se recusou a dar uma opinião.
Ele rejeitou que, em hipotéticas negociações de paz com a Rússia, seu país concorde em se desfazer dos territórios ocupados pelo país invasor, pois isso seria “uma separação forçada de nossas terras” e uma “coerção” que acarretaria o risco de novas hostilidades no futuro.