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Zapatero anuncia profunda remodelação do governo

Segundo o premiê espanhol, daqui para frente o Executivo estará focado nas reformas para a recuperação econômica

O primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero (Arquivo/Getty Images)

O primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero (Arquivo/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2010 às 09h13.

Madri - O chefe do Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, anunciou hoje uma profunda remodelação de seu Executivo com o ministro do Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba, como primeiro vice-presidente, e Trinidad Jiménez à frente do Ministério de Assuntos Exteriores.

A remodelação atende a necessidade "de um esforço renovado para completar as reformas econômicas e sociais em andamento e para acelerar a recuperação econômica e o emprego" no lance final da legislatura, afirmou Zapatero em entrevista coletiva.

Para o chefe do executivo, o novo Governo pode ser definido como o das reformas, da recuperação econômica e do emprego.

"O rumo está traçado, mas é preciso insistir até o final, por isso preciso de um Governo renovado e politicamente reforçado", acrescentou.

Zapatero confirmou as mudança horas antes por fontes do Executivo, com o atual ministro do Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba, como "número dois" do Executivo, à frente da primeira Vice-Presidência, cargo no qual substitui María Teresa Fernández de la Vega, que estava no posto desde 2004.

Rubalcaba, um veterano socialista, ocupou dois ministérios na etapa do Governo de Felipe González embora não tenha entrado no primeiro Executivo de Zapatero, quem logo após vencer as eleições em março de 2004 o nomeou porta-voz no Congresso dos Deputados.


À frente do Ministério do Interior, ao qual chegou no mês de abril de 2006, dirigiu um dos períodos mais efetivos na luta contra a organização terrorista ETA, com detenções sucessivas de inúmeros membros da direção do grupo em estreita colaboração com as forças de segurança da França e Portugal.

Outra das mudanças importantes é a nomeação de Trinidad Jiménez, atual ministra da Saúde e uma das socialistas mais próximas ao chefe do Executivo, como ministra de Assuntos Exteriores em substituição a Miguel Ángel Moratinos.

Jiménez, de 48 anos, tem experiência em política internacional após ter sido por três anos Secretária de Estado para região ibero-americana e anteriormente responsável por esse tema do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE).

Para o Ministério da Saúde que Jiménez estava desde abril de 2009 foi nomeada Leire Pajín, secretária de Organização do PSOE, "número três" socialista, cargo que será ocupado por Marcelino Iglesias, atual presidente regional de Aragón.

Ramón Jáuregui, um veterano socialista que atualmente era membro do Parlamento Europeu, foi nomeado ministro da Presidência, o que o reintegra à política nacional.

As mudanças afetam ainda os ministérios de Trabalho, no qual Valeriano Gómez ocupará a vaga que era de Celestino Corbacho; Meio Ambiente, Meio Rural e Marinho no qual a ex-dirigente de Esquerda Unida e agora independente Rosa Aguilar substituirá Elena Espinosa.

Os Ministérios de Igualdade e de Habitação, criados por Zapatero e considerados dois de suas principais apostas, foram extintos depois de serem alvos de fortes polêmicas.

O novo Governo de Zapatero perde a paridade ao situar sete mulheres e nove homens, incluído Rodríguez Zapatero, em um total de 15 ministérios.

A única que permanece no Governo desde o primeiro Executivo de Zapatero é Elena Salgado, segunda vice-presidente e ministra da Economia.

A terceira remodelação que realiza Zapatero em seu Governo ocorre a menos de um ano e meio das eleições gerais e em um momento em que as pesquisas colocam bem à frente o opositor Partido Popular nas intenções de voto.

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