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Xi Jinping e Putin se encontram nesta quinta, 15, para debater nova geopolítica global

Guerra na Ucrânia, expansão da Otan e sanções à Rússia devem integrar agenda; encontro acontece durante fórum de segurança no Uzbequistão

Xi Jinping e Putin se encontram nesta quinta, 15 (Sputnik/Aleksey Druzhinin/Kremlin/Reuters)

Xi Jinping e Putin se encontram nesta quinta, 15 (Sputnik/Aleksey Druzhinin/Kremlin/Reuters)

CA

Carla Aranha

Publicado em 15 de setembro de 2022 às 06h00.

Depois de mais de mil dias sem deixar a China, o presidente Xi Jinping deve se encontrar com Vladimir Putin no Uzbesquistão nesta quinta, dia 15, na primeira reunião presencial entre os dois líderes desde o início da guerra na Ucrânia. O encontro deve acontecer durante a realização de um fórum de segurança da Organização de Cooperação de Xangai, que reúne países como a Índia e a Rússia -- juntos, os países-membros representam 25% do PIB global e 42% da população mundial.

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A presença de Xi no evento deverá reforçar a ideia de uma alternativa à hegemonia americana. Esforços para conter a expansão da Otan e a guerra na Ucrânia também deverão estar no foco do debate. De acordo com a agência de notícias russa TASS, um dos objetivos é avançar a agenda de estratégias e alianças para contrapor iniciativas ocidentais de sanções e perdas econômicas à Rússia e à China.

Ambos os líderes sofrem pressão dentro de casa. Putin lida com críticas sobre os avanços ucranianos na guerra, enquanto Xi busca um terceiro mandato em meio a um ritmo menor do crescimento do PIB e tensões entre Taiwan e os Estados Unidos. Os dois presidentes se encontraram pela última vez em fevereiro deste ano, quando Putin viajou à China para reforçar os laços com o país -- na ocasião, o presidente russo e Xi declararam uma "amizade sem limites", expressão que voltou a ser usada nos últimos dias.

Xi fez uma parada estratégica no Cazaquistão nesta quarta-feira, dia 14, antes de partir para seu destino final. O presidente chinês anunciou no país, há nove anos, sua estratégia para o plano de infraestrutura global da Nova Rota da Seda, que deve ligar a China a diversos portos e modais de transportes da África e Ásia.

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