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China construirá em 10 dias hospital para receber pacientes com vírus

A abertura é prevista para o dia 3 de fevereiro, e o local poderá para acomodar mil leitos, além de contar com recursos médicos necessários

Coronavírus: epidemia obrigou autoridades chinesas a isolarem a cidade de Wuhan (Barcroft Media / Colaborador/Getty Images)

Coronavírus: epidemia obrigou autoridades chinesas a isolarem a cidade de Wuhan (Barcroft Media / Colaborador/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 24 de janeiro de 2020 às 08h47.

Última atualização em 27 de janeiro de 2020 às 12h47.

A região metropolitana de Wuhan, na China, vai ganhar um hospital para acolher pacientes infectados com coronavírus.

O edifício, com cerca de 25 mil metros quadrados, tem abertura prevista para dia 3 de fevereiro, reunindo condições para acomodar mil camas e recursos médicos para fornecer tratamento isolado e eficiente aos doentes com essa pneumonia viral.

A medida foi tomada no momento em que o número de casos de contágio não pára de aumentar na cidade onde surgiu a epidemia. Atualmente, as pessoas diagnosticadas com o coronavírus estão sendo tratadas em diversos hospitais e clínicas em Wuhan. O Ministério da Ciência e Tecnologia anunciou que a China criou uma equipe nacional de pesquisa, com 14 especialistas, para ajudar a prevenir e a controlar o mais recente surto de coronavírus, colaborando com suporte científico em matéria de rastreamento de vírus, transmissão, métodos de detecção, evolução do genoma e desenvolvimento de vacinas.

O mais recente balanço das autoridades chinesas revela que número de mortos devido ao surto de coronavírus subiu para 26 e o de casos confirmados aumentou para 830. De acordo com as autoridades, há também 1.072 casos suspeitos.

 

Hoje, a China anunciou a morte de uma pessoa perto da fronteira com a Rússia - a mais de 1.800 quilômetros da cidade de Wuhan -, a segunda fora do epicentro do surto.

O fato é que o aumento de casos registrados tem deixado a população receosa sobre uma potencial epidemia semelhante à da pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong.

Na época, para proporcionar tratamento e controle da Sars, Pequim construiu o Hospital Xiaotangshan, um centro médico temporário no subúrbio norte da cidade, em apenas sete dias. e admitiu um sétimo dos pacientes no país em dois meses.

O Japão e a Coreia do Sul confirmaram o registro, na madrugada desta sexta-feira, de dois novos casos de infectados pelo vírus.

As autoridades chinesas consideram que o país está no ponto "mais crítico" e colocaram em quarentena, impedindo entradas e saídas, três cidades onde vivem mais de 18 milhões de pessoas: Wuhan, e as vizinhas Huanggang e Ezhou. E, para tentar travar a propagação, cancelaram as comemorações do Ano Novo chinês em várias localidades, incluindo a capital, Pequim.

O Comitê da Organização Mundial da Saúde optou por não declarar emergência de saúde pública internacional por enquanto, porque considera ainda cedo .

*Emissora pública de televisão de Portugal

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