Mundo

Wuhan, na China, fará nova testagem de seus 12 milhões de habitantes

Na cidade chinesa de Wuhan, local em que a pandemia da Covid-19 começou no fim de 2019, o governo irá retestar toda sua população por conta da rápida disseminação da variante delta do vírus

 (HECTOR RETAMAL/Getty Images)

(HECTOR RETAMAL/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 3 de agosto de 2021 às 10h45.

A cidade chinesa de Wuhan fará exames de coronavírus em todos seus 12 milhões de habitantes depois de confirmar seus primeiros casos domésticos da variante Delta altamente transmissível.

Wuhan, onde o vírus surgiu no final de 2019, não relatava casos locais de coronavírus desde meados de maio do ano passado, mas na segunda-feira as autoridades confirmaram três casos da variante Delta. A linhagem foi encontrada em um punhado de províncias e em cidades grandes, incluindo Pequim, ao longo das últimas duas semanas.

"Para garantir a segurança de todos na cidade, exames de ácido nucleico de âmbito municipal serão disponibilizados rapidamente para todas as pessoas para averiguar plenamente os resultados positivos e as infecções assintomáticas", disse Li Qiang, uma autoridade de Wuhan, em uma entrevista coletiva.

Partes de uma zona industrial e tecnológica foram isoladas, uma medida vista raramente na cidade desde um lockdown do ano passado.

Os casos novos de Wuhan, assim como as infecções detectadas nas cidades vizinhas de Jingzhou e Huanggang desde o sábado, estão ligados a casos na cidade de Huaian, da província de Jiangsu, disse Li Yang, vice-diretor do centro de controle de doenças da província de Hubei.

Acredita-se que o surto de Jiangsu começou na capital provincial de Nanjing no final de julho e que é mais provável que a variante Delta tenha vindo de um voo da Rússia, dizem autoridades.

A China controlou a epidemia no ano passado e só combateu alguns surtos localizados desde então.

Os níveis de reação de emergência foram reduzidos e pessoas fora de áreas atingidas pelo vírus praticamente retomaram vidas normais, o que pode ter contribuído para o surto mais recente.

Na segunda-feira, uma autoridade de Nanjing disse que, mesmo depois de os primeiros casos serem divulgados, algumas lojas não verificavam as credenciais digitais de saúde dos clientes com rigor e algumas não usavam máscaras corretamente.

Autoridades de Jiangsu disseram que a causa central do surto de Nanjing foi o "relaxamento da mente".

O número de casos locais da China desde 20 de julho, quando as primeiras infecções de Nanjing foram descobertas, estava em 414 até segunda-feira.

Várias cidades do sul chinês e algumas do norte, incluindo Pequim, relatam infecções, e as autoridades desaconselham viagens não-essenciais, realizam exames em massa e isolam alguns bairros de maior risco.

O primeiro da nova leva de casos de Nanjing surgiu entre faxineiros do Aeroporto Internacional Nanjing Lukou, possivelmente devido à limpeza e à proteção insuficientes após a desinfecção de um avião da Rússia, disse uma autoridade municipal na semana passada.

Acompanhe tudo sobre:ChinaCoronavírusPandemiaVacinas

Mais de Mundo

O que é o Projeto Manhattan, citado por Trump ao anunciar Musk

Donald Trump anuncia Elon Musk para chefiar novo Departamento de Eficiência

Trump nomeia apresentador da Fox News como secretário de defesa

Milei conversa com Trump pela 1ª vez após eleição nos EUA