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WikiLeaks: soldado é acusado de 'conluio com inimigo'

O jovem é suspeito de ter fornecido ao WikiLeaks ocumentos militares americanos, que em seguida foram tornados públicos

WikiLeaks: senadores americanos trabalham para impedir o site de funcionar (Joe Raedle/Getty Images)

WikiLeaks: senadores americanos trabalham para impedir o site de funcionar (Joe Raedle/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2011 às 23h01.

Washington - O soldado americano Bradley Manning, preso por ter fornecido ao site WikiLeaks milhares de documentos confidenciais, foi acusado pela justiça militar dos Estados Unidos de 22 novos crimes, entre eles "conluio com o inimigo", anunciou o Pentágono.

Este crime é passível da pena de morte, mas os promotores decidiram não recorrer a ela, precisou John Haberland, porta-voz da juridição militar da região de Washington, em comunicado.

Acrescentou, no entanto, que o soldado, de 23 anos, pode ser condenado à prisão perpétua.

O jovem, ex-analista de inteligência lotado no batalhão de apoio da 2ª Brigada da 10ª Divisão no Iraque, já havia sido acusado antes de outros 12 crimes e está desde julho passado numa prisão militar da Virgínia (leste).

É suspeito de ter fornecido ao WikiLeaks, que em seguida os tornou públicos, documentos militares americanos sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão e milhares de telegramas diplomáticos do Departamento de Estado.

O soldado "entrou em um programa interno do sistema de informática do governo para consultar informações confidenciais, depois as baixou e as transmitiu para a difusão pública e o uso do inimigo", explicou Haberland.

"As novas acusações refletem melhor o grande alcance de seus crimes".

Manning foi preso com base em dados passados às autoridades pelo informante Adrian Lamo. Ele havia contado a Lamo que era responsável pelo vazamento de um vídeo sobre o ataque de um helicóptero americano a civis, em 12 de julho de 2007, em Bagdá.

O soldado também foi acusado de vazar mais de 150 mil documentos ao site WikiLeaks, mas isto ainda não foi comprovado.

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