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WikiLeaks oferece recompensa por documentos da Casa Branca

Recompensa de 20.000 dólares foi oferecida por qualquer informação que permita a detenção ou o denúncia de agentes da administração Obama

Casa Branca: organização especializada em divulgação de documentos fez novo apelo por denúncias no Twitter (Sara Moses/Stock.xchng/Reprodução)

Casa Branca: organização especializada em divulgação de documentos fez novo apelo por denúncias no Twitter (Sara Moses/Stock.xchng/Reprodução)

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AFP

Publicado em 4 de janeiro de 2017 às 08h57.

O WikiLeaks ofereceu na terça-feira uma recompensa a quem vazar documentos da Casa Branca antes do fim do mandato do presidente Barack Obama, anunciou a organização em uma mensagem divulgada pelo Twitter.

Por sua vez, o australiano Julian Assange, fundador do WikiLeaks, atualmente refugiado na embaixada do Equador em Londres, reafirmou que a Rússia não estava por trás dos e-mails de Hillary Clinton vazados pela organização.

"Aviso os administradores informáticos: Não deixem a Casa Branca destruir novamente a história dos Estados Unidos! Copiem os documentos agora e os enviem ao WikiLeaks quando quiserem!", convocou em um tuíte da organização especializada na revelação de documentos secretos.

"Oferecemos uma recompensa de 20.000 dólares por qualquer informação que permita a detenção ou o desmascaramento de qualquer agente da administração Obama que tenha destruído documentos importantes", indicou a mensagem.

A rede de televisão Fox dos Estados Unidos divulgou, por sua vez, uma longa entrevista com Julian Assange, gravada na embaixada do Equador em Londres, onde está refugiado desde junho de 2012.

Assange se negou a revelar a fonte que transmitiu ao WikiLeaks os e-mails de John Podesta, o diretor de campanha de Hillary Clinton.

Entre eles, três discursos da ex-secretária de Estado remunerados pelo banco Goldman Sachs, que deixavam em evidência os vínculos da candidata democrata com os círculos financeiros de Wall Street.

Hillary Clinton acusou o governo russo de ser o responsável por estes vazamentos - acusação compartilhada pela administração americana - e o WikiLeaks de ter ajudado seu adversário republicano Donald Trump a vencer a eleição presidencial.

"A fonte não é o governo russo", reiterou Julian Assange na entrevista concedida à Fox.

Assange também considerou que é "impossível dizer" se a revelação do conteúdo destes e-mails favoreceram Trump na eleição de 8 de novembro.

Mas se isso aconteceu, o que "deu uma guinada na eleição" foi o conteúdo das "verdadeiras declarações" de Hillary Clinton e seu entorno, afirmou Assange.

O WikiLeaks também divulgou 20.000 e-mails internos do Partido Democrata que revelavam um tratamento preferencial dos líderes do partido a Clinton em detrimento de seu rival Bernie Sanders, o que provocou a renúncia do presidente do comitê nacional.

Julian Assange, de 45 anos, está refugiado na embaixada do Equador para evitar uma extradição à Suécia, que solicitou sua captura após uma denúncia de estupro apresentada por uma mulher sueca em 2010.

Assange nega os fatos e diz que se trata de uma manobra para extraditá-lo aos Estados Unidos para ser julgado pela divulgação de informações secretas.

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