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WikiLeaks: EUA consideram dramática a situação na fronteira México-Guatemala

Correspondências elaboradas por diplomatas americanos no México e Guatemala, constatam que nenhum dos países "trabalha seriamente para que se cumpra a lei"

Enquanto os 3 mil quilômetros de fronteira entre Estados Unidos e México são vigiados por 30 mil agentes americanos o México conta com 125 agentes para os mil quilômetros da fronteira sul (Wikimedia Commons)

Enquanto os 3 mil quilômetros de fronteira entre Estados Unidos e México são vigiados por 30 mil agentes americanos o México conta com 125 agentes para os mil quilômetros da fronteira sul (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2010 às 10h57.

Madri - Os diplomatas americanos descrevem a situação na fronteira do México com a Guatemala de "dramática", um território onde narcotraficantes e contrabandistas de armas são popularmente respeitados e os aviões carregadas com cocaína aterrissam em plena luz do dia, segundo documentos secretos revelados pelo site WikiLeaks.

A Polícia é "ineficaz ou corrupta e a população, abandonada secularmente pelo Estado, decidiu aceitar a proteção de grupos criminosos tão poderosos como Los Zetas (cartel mexicano)", acrescentam os dados, vazados pelo WikiLeaks e publicados pelo jornal espanhol "El País".

Várias correspondências diplomáticas muito minuciosas, elaboradas 'in loco' por diplomatas americanos em serviço no México e Guatemala, constatam que nenhum desses dois países "trabalha seriamente para que se cumpra a lei".

Enquanto os 3 mil quilômetros de fronteira entre Estados Unidos e México são vigiados por 30 mil agentes americanos (dez funcionários por quilômetro), o México só conta com 125 agentes para os mil quilômetros da fronteira sul (um policial a cada oito quilômetros), acrescenta a informação.

Os diplomatas americanos usam a palavra "dramática" para descrever a situação dessa fronteira.

"Os oficiais mexicanos confirmaram repetidas vezes que eles não têm os recursos humanos para dirigir os esforços de maneira efetiva ao longo da fronteira sul", aponta a informação. EFE

 

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