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Weinstein é alvo de nova ação de US$ 10 milhões em Nova York

O processo acusa o produtor de Hollywood de "feridas físicas substanciais, dor, sofrimento, humilhação e angústia mental"

Weinstein: os supostos abusos ocorreram quando Canosa era funcionária de Weinstein e da Weinstein Company (Steve Crisp/Reuters)

Weinstein: os supostos abusos ocorreram quando Canosa era funcionária de Weinstein e da Weinstein Company (Steve Crisp/Reuters)

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AFP

Publicado em 21 de dezembro de 2017 às 18h48.

Última atualização em 21 de dezembro de 2017 às 19h38.

O produtor de cinema caído em desgraça Harvey Weinstein e sua antiga empresa de produção são alvo de uma ação de 10 milhões de dólares, apresentada por uma ex-produtora associada da série da Netflix "Marco Polo".

O processo, apresentado em nome de Alexandra Canosa na Suprema Corte de Nova York na quarta-feira, acusa Weinstein, de 65 anos e pai de cinco filhos, de "feridas físicas substanciais, dor, sofrimento, humilhação e angústia mental". E quer uma indenização de mais de 10 milhões de dólares.

"As causas da ação legal se baseiam em assédio sexual repetido, intimidação sexual, abuso emocional, agressão e violência contra a autora do processo por parte do acusado, Harvey Weinstein, durante vários anos até 2017", segundo a demanda.

Os supostos abusos ocorreram quando Canosa era funcionária de Weinstein e da Weinstein Company.

Canosa aparece como produtora associada na série da Netflix "Marco Polo", da qual Weinstein era produtor executivo antes da derrubada de sua carreira.

Weinstein "deixou claro que se não realizasse os seus desejos, ou se ela expusesse sua conduta indesejada, haveria represálias, incluindo humilhação, perda do emprego e de qualquer chance de trabalhar no meio do entretenimento", sustenta a ação.

Canosa afirma que a empresa produtora "facilitou, escondeu e apoiou sua conduta ilegal" e que membros da diretoria "sabiam, ou deveriam saber", sobre a conduta de Weinstein e "não agiram para corrigir ou frear tal atitude".

Nesta quinta-feira, um representante de Weinstein não quis fazer comentários. Mais de 100 mulheres o acusaram de abusos que vão de assédio sexual a estupro desde que o jornal The New York Times e a revista The New Yorker revelaram sua conduta.

O escândalo acabou com a sua carreira. Foi demitido pelo estúdio de cinema que leva seu nome em 8 de outubro e já enfrenta várias outras ações.

Weinstein nega as acusações de sexo não consensual e diz que nunca fez represálias contra mulheres por negarem seus avanços.

De acordo com a lei americana, a violência pode incluir feridas físicas, mas também contato insultante, ou ofensivo, o que inclui tocar em alguém de forma hostil, contra a sua vontade.

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