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Walmart Brasil vê alta de 20% nas vendas durante a Copa

Evento deve ajudar na expectativa de crescimento da companhia no Brasil, apesar do fechamento de 25 lojas no país em 2013


	Loja do Walmart: companhia enxerga um crescimento no faturamento do Brasil no ano superior ao registrado em 2013
 (Germano Lüders/EXAME)

Loja do Walmart: companhia enxerga um crescimento no faturamento do Brasil no ano superior ao registrado em 2013 (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2014 às 16h31.

São Paulo - A rede de varejo Walmart estima alta de 20 por cento nas suas vendas no Brasil entre maio e julho sobre igual etapa do ano passado, na esteira da Copa do Mundo, evento para o qual vem se preparando junto a fornecedores há dois anos.

O evento deve ajudar na expectativa de crescimento da companhia no Brasil, apesar do fechamento de 25 lojas no país em 2013 e da meta de redução de 30 por cento nos investimentos de marketing em 2014, afirmaram executivos da empresa nesta quinta-feira.

"Não falamos mais de fechamentos de lojas", disse o vice-presidente comercial do Walmart Brasil, Alain Benvenuti, durante uma apresentação da companhia.

Segundo ele, o Walmart enxerga um crescimento no faturamento do Brasil no ano superior ao registrado em 2013, quando essa linha avançou 10 por cento, a 28,5 bilhões de reais.

"Este ano a gente cresce mais do que no ano passado e o primeiro semestre demonstrou isso", disse Benvenuti, acrescentando que enquanto a Copa ajudará as vendas da primeira metade de 2014, os ajustes internos que estão sendo tocados pela companhia serão sentidos ao longo de todo o ano.

Segundo ele, as sucessivas altas de juros da economia promovidas pelo Banco Central desde abril do ano passado ainda não foram sentidas nas vendas do Walmart Brasil.

"Já era esperado diante das preocupações do governo com a inflação, principalmente em ano eleitoral", disse Benvenuti, comentando a decisão da véspera do Banco Central, que elevou a Selic a 11 por cento ao ano, indicando que o ciclo de aperto monetário pode estar perto do fim.

"Por enquanto não sentimos o efeito (do aperto monetário) nas vendas. Mas achamos que o governo também terá que segurar a mão e não subir tanto os juros", disse o executivo.


Entre as medidas internas para fazer frente à meta de redução da verba de marketing, o vice-presidente da área, Claudio Tonello, citou substituição de grampos por cola para ligar as folhas de seu tabloide de compras, que permitirá economia de 1,2 milhão de reais por ano. Outra iniciativa adotada este ano foi a unificação dos quatro a cinco tabloides que eram ofertados nas lojas por apenas um só.

Copa

Para a Copa, a empresa manteve conversas com o Walmart na África do Sul para entender os principais gatilhos de crescimento de vendas durante o torneio e replicar a estratégia no Brasil, disse Charles Knapp, diretor comercial do Walmart no país.

A empresa desenvolveu 61 itens específicos para o evento, como bandeiras, camisetas e cornetas. Somando itens exclusivos, temáticos e licenciados, disse o Walmart, serão 1 milhão de unidades comercializadas da segunda quinzena de abril até o final do torneio esportivo.

Somente para televisores, a rede estima a venda de meio milhão de unidades no ano, sendo 40 por cento desse volume relacionado à Copa, disse Knapp.

De acordo com o executivo, as vendas de TVs vão ser concentradas principalmente entre maio e junho, período em que a rede deverá ver um avanço de 135 por cento no comércio desses produtos.

Para atrair turistas estrangeiros, o Walmart anunciou que seus tabloides também serão publicados em espanhol e inglês, além de português, a partir de maio.

A companhia está presente em 10 das 12 cidades-sede do torneio, com exceção apenas de Cuiabá e Manaus.

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