México: erupções e exalações ocorrem em média duas vezes por ano desde que o vulcão voltou a ficar ativo 23 anos atrás (Daniel Becerril/Reuters)
Reuters
Publicado em 27 de setembro de 2017 às 16h49.
Cidade do México - O vulcão Popocatepetl, que fica próximo da Cidade do México, expeliu fumaça, cinzas e rochas quentes nesta quarta-feira, aumentando a ansiedade de habitantes ainda abalados com o forte terremoto da semana passada, que matou centenas e danificou seriamente milhares de edifícios.
O Popocatepetl, cujo nome significa "Montanha Fumegante" na língua nativa nahuatl, lançou cinzas sobre um vilarejo em sua base, sacudiu com a força de um tremor de magnitude 1,8 e lançou rochas ardentes a distâncias de até um quilômetro, disse o Centro Nacional de Prevenção de Desastres (Cenapred).
Erupções e exalações ocorrem em média duas vezes por ano desde que o vulcão voltou a ficar ativo 23 anos atrás, e não são vistas pelas autoridades de desastres como uma grande ameaça, mas a atividade preocupou os mexicanos por acontecer após o terremoto de magnitude 7,1 de oito dias atrás e de uma série de tremores secundários desde então.
O epicentro do sismo se localizou a poucos quilômetros do vulcão e "provavelmente atiçou" a atividade vulcânica, disse Carlos Valdez, diretor do Cenapred, à Reuters. Ele acrescentou que as explosões diminuíram desde a madrugada.
Em um dia claro é possível ver o Popocatepetl no horizonte da Cidade do México, mesmo a 71 quilômetros de distância, e ocasionalmente o vento leva cinzas vulcânicas à capital.
O Cenapred recomendou às pessoas que moram perto do vulcão que se preparem para uma possível ordem de retirada no caso de um alerta amarelo fase dois, dois estágios abaixo do alerta vermelho.
Ventos sopraram cinzas nesta quarta-feira na direção de Ecatzingo, um vilarejo sob o vulcão onde a igreja e dezenas de casas sofreram danos no tremor da semana passada.
O epicentro ocorreu poucos quilômetros ao sudeste de Ecatzingo, no Estado de Puebla.
O saldo de mortes do terremoto chegou a 337 nesta quarta-feira, e se acredita haver ainda dúzias de vítimas soterradas nos escombros de um edifício na capital.