Vista da cidade de Casablanca, em Marrocos: país se tornou uma plataforma de distribuição de drogas rumo ao território africano e ao Oriente Médio (Milamber/Flickr/Creative Commons)
Da Redação
Publicado em 11 de setembro de 2014 às 15h45.
Rabat - O voo entre São Paulo e Casablanca, único direto entre o aeroporto marroquino e a América do Sul, se transformou em uma "rota" para os pequenos traficantes de cocaína, segundo os números oferecidos nesta quinta-feira pela Polícia Judiciária do Aeroporto Mohammed V.
Nos últimos seis meses, a polícia realizou 17 operações distintas nos aviões chegados de São Paulo e encontrou 260 quilos de cocaína, além de deter 74 pessoas envolvidas procedentes de 19 países diferentes, quase todos subsaarianos, embora também houve brasileiros, peruanos e nicaraguenses.
O voo, inaugurado pela Royal Air Maroc (RAM) em novembro, foi por outro lado um êxito comercial, que levou à companhia aérea a aumentar recentemente o número de voos entre São Paulo e Casablanca.
Perante o aumento de carregamentos confiscados nos aviões desta linha, a companhia contratou desde 1 de junho os serviços de uma empresa privada que já em São Paulo faz um primeiro trabalho de "filtro" e comunica às autoridades brasileiras sobre presença de possíveis suspeitos, disseram recentemente à Agência Efe fontes da RAM.
Segundo os especialistas antidrogas, o Marrocos se tornou uma plataforma de distribuição de drogas rumo ao território africano e ao Oriente Médio, além de seu tradicional papel de primeiro produtor mundial de haxixe.