Além de praias da capital, como Copacabana, Ipanema e Barra da Tijuca, a ação foi realizada em cidades do sul e do norte do estado (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 21 de setembro de 2013 às 13h59.
Rio de Janeiro – Voluntários participaram hoje (21) da coleta de lixo em várias praias, rios e lagoas do Rio de Janeiro. A iniciativa, criada há dez anos pela organização ambientalista Instituto Aqualung, comemorou o Dia Mundial da Limpeza. Segundo o coordenador do projeto, Hildon Carrapito, o principal objetivo é conscientizar a população sobre a importância de não sujar o litoral, mesmo com pequenas quantidades de lixo.
O lixo jogado indiscriminadamente na areia é de coleta muito difícil, porque é um microlixo, como guimbas de cigarro, tampinhas de refrigerantes, papel de sanduíche natural. Tem gente que joga pilha, bateria, muitas coisas que contaminam a areia, a praia, o rio, a lagoa”, disse Carrapito.
Além de praias da capital, como Copacabana, Ipanema e Barra da Tijuca, a ação foi realizada em cidades do sul e do norte do estado. O Instituto Aqualung também promoveu ações no Maranhão e em Sergipe. A expectativa dos organizadores é coletar 40 toneladas de lixo.
O engenheiro Flávio Pinheiro participou como voluntário da coleta, junto com o filho de 5 anos, João. “Ele fez questão de vir e ficou muito feliz de limpar a praia. Ele quer uma praia limpa para ele no futuro”, disse.
Natália Guedes, de 10 anos, coletou mais de cinco quilos de lixo, com a ajuda da mãe, Mônica. “A gente encontrou muitos cigarros, latas, copos e canudos no chão. A gente tem que cuidar muito bem da nossa praia e do nosso país, porque tem muita poluição”, disse a estudante.
Para o secretário estadual do Ambiente do Rio, Carlos Minc, um dos principais produtos descartados nas areias do Rio de Janeiro é o coco, cuja água é amplamente consumida nas praias cariocas.
“Quase tudo do coco pode ser aproveitado. É uma fibra boa que pode ser usada em assentos de carro e xaxins. Estamos com um grande projeto em Duque de Caxias para ampliação da rede [de coleta e reaproveitamento do coco]. Latas e garrafas pet, que têm aproveitamento econômico, pouco são jogadas. Mas, além do coco, tem os cigarros e os restos de comida, que atraem pombos e doenças”, disse Minc.
O Dia Mundial da Limpeza faz parte de uma mobilização internacional, chamada Clean up the World (Limpe o Mundo, em português), que é promovida desde 1993, com o objetivo de incentivar comunidades a limpar e conservar o meio ambiente. Anualmente, o evento executado em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente reúne milhões de voluntários em 130 países.