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"Voltar ao passado seria a nossa autodestruição", diz Macri sobre Cristina

Longo discurso foi similar aos vários que realizou nos últimos meses, marcados pela crise econômica, com uma alta inflação e a moeda desvalorizada

Macri: presidente argentino disse que "voltar ao passado" significaria a autodestruição do país (Marcos Brindicci/Reuters)

Macri: presidente argentino disse que "voltar ao passado" significaria a autodestruição do país (Marcos Brindicci/Reuters)

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EFE

Publicado em 18 de maio de 2019 às 16h06.

Buenos Aires - O presidente da Argentina, Mauricio Macri, afirmou neste sábado que "voltar ao passado" significaria a autodestruição do país, uma clara referência à candidatura de sua antecessora no cargo, Cristina Kirchner, a vice nas eleições presidenciais do dia 27 de outubro.

"Voltar ao passado seria a nossa autodestruição", opinou Macri em um encontro com apoiadores em Buenos Aires, onde esteve acompanhado do chefe de governo da capital, Horacio Rodríguez Larreta.

O longo discurso de Macri foi similar aos vários que realizou nos últimos meses, marcados pela crise econômica argentina, com uma alta inflação e a moeda desvalorizada. As referências à candidatura de Cristina Kirchner foram feitas de forma indireta.

Macri, que no passado enfatizou a corrupção dos governos kirchneristas, insistiu na "necessidade de mudar" e enumerou uma série de inimigos.

"Os mafiosos, os pistoleiros, os mentirosos, os corruptos, os preguiçosos, os burocratas. São todos inimigos da mudança porque querem conservar os seus privilégios, querem agitar para que nada mude, querem a escuridão para eles possam se esconder", criticou.

O presidente declarou que o país está "no caminho certo" e que "a oportunidade de mudança" não pode ser desperdiçada pelos argentinos, em um momento em que as pesquisas mostravam uma divisão entre a sua candidatura e uma possível de Cristina, que acabou decidindo concorrer como vice-presidente nas eleições primárias.

A ex-governante argentina encerrou neste sábado as especulações sobre o seu futuro político ao anunciar a candidatura como vice da chapa com o ex-chefe de gabinete, Alberto Fernández, que concorrerá à presidência em outubro.

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