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Vivendo sua pior crise, Fifa mantém eleição em fevereiro

A entidade vive sua pior crise de seus 111 anos de história, com a administração controlada por advogados, cartolas sob investigação e patrocinadores irritados


	Fifa: a entidade vive sua pior crise de seus 111 anos de história, com a administração controlada por advogados, cartolas sob investigação e patrocinadores irritados
 (Divulgação/Fifa)

Fifa: a entidade vive sua pior crise de seus 111 anos de história, com a administração controlada por advogados, cartolas sob investigação e patrocinadores irritados (Divulgação/Fifa)

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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2015 às 09h19.

Genebra - A Fifa anunciou nesta terça-feira alguns detalhes de sua reforma e indicou que, a partir de 2016, a entidade irá publicar informações das investigações que conduz contra dirigentes.

Os detalhes foram debatidos nesta terça em uma reunião de emergência da entidade e que estabeleceu de forma definitiva que as eleições ocorrem no dia 26 de fevereiro, como previsto anteriormente.

Essa foi a primeira reunião desde 1998 sem a presença de Joseph Blatter, suspenso por suspeitas de corrupção. O presidente interino, Issa Hayatou, se recusou a dar uma coletiva de imprensa e a Fifa se limitou a emitir um comunicado.

A entidade vive sua pior crise de seus 111 anos de história, com a administração controlada por advogados, cartolas sob investigação e patrocinadores irritados.

Uma das medidas adotadas nesta terça é de que o Comitê de Ética da Fifa poderá divulgar o motivo pelo qual um dirigente é banido, algo que até hoje era proibido.

Outra decisão foi a de manter a eleição no dia 26 de fevereiro, apesar da polêmica em relação sobre quais serão os candidatos. A manutenção da data significa que os postulantes terão de se inscrever até 26 de outubro, a próxima segunda-feira.

Se a data está estabelecida, a realidade é que existe uma guerra declarada pelo poder na Fifa. Michel Platini era o favorito a vencer as eleições, mas também foi suspenso e agora a Uefa tenta forçar uma tramitação rápida de seu recurso para que ele possa ainda concorrer à presidência.

Se isso não ocorrer até o dia 26, os europeus e seus aliados terão de buscar uma alternativa. Nos últimos dois dias, quem operou nessa busca foi Ahmed Al Sabah, do Kuwait, e que chegou a ser seu ministro do Petróleo. Considerado como um dos homens mais fortes do esportes mundial, ele teria garantido para Thomas Bach a presidência do Comitê Olímpico Internacional e a escolha de Buenos Aires para os Jogos Olímpicos da Juventude.

Agora, na Fifa, ele faz questão de se apresentar como o homem que vai decidir quem será o novo presidente. Nos últimos dois dias, ele realizou reuniões com a Conmebol, Uefa, norte-americanos e até com o sobrinho de Blatter, Phillip, CEO da Infront e empresa que detém alguns dos maiores contratos com a Fifa.

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