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Vítimas do ataque à Charlie Hebdo receberão 4,1 mi de euros

No total, 17 pessoas morreram nos três ataques em Paris entre os dias 7 e 9 de janeiro, incluindo 12 no assalto à sede da revista, um policial e quatro reféns


	Ataques: o dinheiro, que será destinado "integralmente" aos afetados, foi arrecadado entre 34 mil doadores anônimos procedentes de 84 países
 (Vincent Kessler/Reuters)

Ataques: o dinheiro, que será destinado "integralmente" aos afetados, foi arrecadado entre 34 mil doadores anônimos procedentes de 84 países (Vincent Kessler/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2016 às 14h11.

Paris - A revista satírica francesa "Charlie Hebdo" anunciou nesta terça-feira que os 4,1 milhões de euros arrecadados após os atentados jihadistas de janeiro do ano passado serão divididos "nos próximos dias" entre as vítimas.

No total, 17 pessoas morreram nos três ataques em Paris entre os dias 7 e 9 de janeiro, incluindo 12 no assalto à sede da revista, um policial e quatro reféns retidos em um supermercado judeu.

O dinheiro, que será destinado "integralmente" aos afetados, foi arrecadado entre 34 mil doadores anônimos procedentes de 84 países, indicou a revista em comunicado.

Para que a divisão seja a mais justa possível, as então ministras de Justiça e de Cultura, Christiane Taubira e Fleur Pellerin, respectivamente, e o atual titular de Finanças, Michel Sapin, designaram três pessoas para definir com independência as regras da entrega do dinheiro.

"Os beneficiados desses fundos receberão nos próximos dias a quantia correspondente", acrescentou a revista, que destacou que parte desse dinheiro foi arrecadado em coletas organizadas em comércios, escolas e clubes esportivos, e através da venda de livros e desenhos lançados com esse fim.

O anúncio ocorre quando o cantor Renaud, que já colaborou com a "Charlie Hebdo" há 20 anos, volta a escrever em suas páginas como colunista, com texto em que faz um apelo contra do medo.

"Não me convenceram de desistir dessa ideia os 'Sua vida será um inferno' (...), os 'Você corre o risco de ter seus shows atacados e cancelados por ameaças de bomba", lê-se em parte da coluna, na qual Renaud diz que, disposto a morrer, prefere fazê-lo como "mártir da liberdade de imprensa".

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