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Vítimas de sequestro nos EUA são recebidas por suas famílias

Amanda Berry e Gina DeJesus não falaram em público ao chegarem às suas respectivas casas, diante de uma multidão de curiosos e jornalistas

Gina de Jesus chega em sua casa em Cleveland, Ohio, nos EUA (REUTERS/John Gress)

Gina de Jesus chega em sua casa em Cleveland, Ohio, nos EUA (REUTERS/John Gress)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2013 às 18h47.

Cleveland - Duas das três mulheres libertadas do cativeiro em Cleveland após cerca de uma década foram recebidas por suas famílias na quarta-feira, enquanto a polícia revelou que elas eram mantidas amarradas e acorrentadas dentro de uma casa.

Amanda Berry e Gina DeJesus não falaram em público ao chegarem às suas respectivas casas, diante de uma multidão de curiosos e jornalistas.

Berry, de 27 anos, e sua filha de 6, concebida e nascida em cativeiro, puderam ser vistas por uma câmera aérea de TV chegando em um comboio de veículos à casa da sua irmã, e entrando pela porta dos fundos.

DeJesus, de 23 anos, voltou à sua casa, após nove anos de ausência, sob a proteção de um firme abraço da sua irmã Mayra, e com o rosto metido em um capuz amarelo. Ela apenas ergueu o polegar à multidão que gritava seu nome.

Falando diante da casa, Sandra Ruiz, tia de DeJesus, agradeceu ao apoio, mas pediu paciência. "Deem-nos tempo e privacidade para nos curarmos. Quando estivermos prontos, prometo a cada um de vocês que vamos falar com vocês." A polícia divulgou alguns detalhes sobre as buscas na casa onde as mulheres passaram anos como reféns. Lá, foram encontradas correntes e cordas que, segundo a investigação, eram usados para prender as vítimas. A polícia disse não ter encontrado restos humanos.

Três irmãos detidos como suspeitos devem ser judicialmente indiciados ainda na quarta-feira, segundo a polícia.

Um dos suspeitos, o ex-motorista de ônibus escolar Ariel Castro, de 52 anos, havia sido demitido em novembro por "mau julgamento". Ele era o dono da casa onde funcionava o cativeiro, e foi preso quase imediatamente depois da fuga das moças. Seus irmãos Pedro e Onil foram levados sob custódia pouco depois.

A polícia ainda não informou qual foi o papel de cada suspeito no caso, mas Berry citou Ariel Castro no desesperado telefonema que fez ao 911 (serviço de emergência) quando estava tentando escapar. Ela conseguiu fazer essa ligação depois que um vizinho, escutando gritos dela, arrombou a porta da casa.

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