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Vítimas de pedofilia lamentam punição tardia de clérigo

Associação de vítimas de pedofilia lamentou a punição "secreta e tardia" do papa Francisco ao núncio do Vaticano na República Dominicana por pedofilia

O polonês Jozef Wesolowski: "como seus predecessores, o papa Francisco age de maneira tardia e secreta", disse organização (AFP)

O polonês Jozef Wesolowski: "como seus predecessores, o papa Francisco age de maneira tardia e secreta", disse organização (AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2013 às 14h56.

Cidade do Vaticano - A associação de vítimas de pedofilia americana Snap lamentou nesta quinta-feira a punição "secreta e tardia" do papa Francisco ao núncio do Vaticano na República Dominicana, destituído no final de agosto por acusações de abuso sexual contra menores.

"Os chefes católicos só agem quando são obrigados a fazer isso, sob pressão da mídia. E quando o fazem, é sempre em segredo, neste caso sem revelar as acusações, a suspensão ou a razão da suspensão", lamentou em um comunicado Barbara Dorris, diretora da Rede de Sobreviventes e Vítimas de Abusos Cometidos por Sacerdotes.

"Como seus predecessores, o papa Francisco age de maneira tardia e secreta", acrescentou.

Em 21 de agosto, o núncio (embaixador) do Vaticano na República Dominicana, o polonês Jozef Wesolowski, de 65 anos, foi destituído de suas funções, uma informação que o Vaticano não divulgou, mas que foi confirmada na véspera por Federico Lombardi, o porta-voz do Papa, que confirmou a existência de uma investigação em curso sobre as acusações.

A destituição pode ser a primeira ordenada pelo Vaticano em um caso de pedofilia.

Segundo a imprensa dominicana, Wesolowski, de 65 anos e cujo paradeiro é desconhecido, manteve relações sexuais em troca de dinheiro com meninos e adolescentes na capital Santo Domingo.

Um canal de televisão difundiu imagens de um homem que seria Wesolowski passeando e usando uma camiseta e um boné, e ele estaria acompanhado de outro padre polonês também acusado de abusos de menores e que deixou o país em maio passado quando o escândalo explodiu.

A procuradoria da República Dominicana anunciou na quarta que investigará o caso Wesolowski, que começou sua missão em 2008 depois da designação do papa Bento XVI.

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