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Vítima de atropelamento em Charlottesville é identificada

Heyer, assistente de um escritório de advocacia, foi atropelada quando exercia pacificamente seu direito à liberdade de expressão

Heather Heyer, atropelada em um ato contra uma manifestação de supremacia branca em Charlottesville (Heather Heyer via Facebook/Handout/Reuters)

Heather Heyer, atropelada em um ato contra uma manifestação de supremacia branca em Charlottesville (Heather Heyer via Facebook/Handout/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de agosto de 2017 às 18h16.

Charlottesville - A mulher morta após ter sido atropelada no sábado por um homem que jogou seu carro contra manifestantes que protestavam contra uma marcha supremacista branca na cidade de Charlottesville, no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, foi identificada como Heather Heyer, de 32 anos.

Heyer, assistente de um escritório de advocacia local e moradora da cidade, foi "atropelada por um veículo quando exercia pacificamente seu direito à liberdade de expressão", disseram as autoridades de Charlottesville em comunicado.

"Esse ato de violência sem sentido rasga nossos corações", completou a nota.

As autoridades afirmaram que Heather foi morta quando "cruzava a rua". No entanto, amigos e familiares citados pela imprensa americana indicavam que ela participava do protesto contra a manifestação racista realizada na cidade

James Alex Fields Jr., um homem branco, de 20 anos, foi propositalmente em direção aos manifestantes que protestavam contra a marcha supremacista, que criticava a retirada de uma estátua do general confederado Robert E. Lee da cidade.

O general, um dos comandantes das forças sulistas na Guerra Civil americana, é considerado um símbolo da defesa da escravidão e do racismo.

A mãe de Heather, Susan Bron, disse à imprensa local que sua filha era uma pessoa muito preocupada pelos problemas sociais e que tinha ido à manifestação porque queria "combater a injustiça".

"Heather não era movida pelo ódio, mas sim para deter o ódio, acabar com a injustiça", afirmou a mãe da vítima ao site "HuffPost".

Susan, no entanto, disse que não deseja que a morte da filha se transforme em motivo para gerar mais ódio.

"Quero que seja um clamor pela justiça, igualdade, equidade e compaixão", afirmou.

O prefeito de Charlottesville, o democrata Mike Signer, disse hoje que o atropelamento, que deixou também mais de 20 feridos, alguns deles hospitalizados em estado crítico, foi um ato de terrorismo.

James Field, acusado de homicídio por sua ação, era um dos milhares de manifestantes da marcha ultranacionalista e supremacista branca convocada para "Unir a direita". Entre os participantes do ato estava o ex-líder do Ku Klux Klan David Duke.

Antes do atropelamento, vários incidentes entre os supremacistas e os manifestantes antirracismo já tinham sido registrados.

Além de Heather, dois agentes da polícia estatal morreram após a queda do helicóptero no qual estavam para realizar um trabalho de vigilância da cidade durante os protestos. EFE

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