17 milhões de visons, usados para a produção de casacos de pele, foram sacrificados após passar a Covid-19 a humanos na Dinamarca (Ole Jensen/Getty Images)
Carla Aranha
Publicado em 24 de fevereiro de 2021 às 11h45.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2021 às 11h46.
Depois de infectar pelo menos 12 seres humanos com mutações da Covid-19 no ano passado, na Dinamarca, 17 milhões de visons foram sacrificados pelas autoridades dinarmaquesas. Depositados em covas rasas aos milhares, alguns animais liberaram gases que provocaram uma movimentação dos corpos próxima à superfície, causando medo na população.
Agora, dois laboratórios americanos anunciaram que derem início ao processo de desenvolvimento de vacinas para visons, com o objetivo de combater a transmissão de mutações a humanos. A empresa Zaotis, que produz vacinas para cães e gatos, e a Medgene Labs já começaram a testar os imunizantes nos visons.
Ainda não há estudos conclusivos sobre os motivos dos visons serem mais suscetíveis ao coronavírus e transmiti-los aos humanos. A Covid-19 já foi detecada em outras espécies, como cachorros e até tigres, mas esses animais não foram capazes de passar o vírus para seres humanos. Uma das hipóteses é que o sistema respiratório dos visons facilite as infecções pelo coronavírus.
Os visons parecem ser bastante sensíveis ao coronavírus. No ano passado, milhares morreram nos Estados Unidos após serem contaminados. Na Dinamarca, considerada uma das maiores criadoras de visons do mundo, para a fabricação de casacos de pele, o problema tomou proporções ainda maiores. Após o anúncio de 12 pessoas haviam se contaminados com o vírus após o contato com os animais, nos criadouros, o governo ordenou a extinção de 17 milhões de visons.