Mundo

Visão de Jeremy Corbyn sobre Brexit é cínica e incoerente, diz Thereza May

May defende que "quando os deputados votarem a saída da UE, determinarão o rumo do país para o futuro"

Primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May (Leon Neal / Staff/Getty Images)

Primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May (Leon Neal / Staff/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de janeiro de 2019 às 14h39.

São Paulo - A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, fez fortes críticas contra o líder do Partido Trabalhista Jeremy Corbyn em artigo publicado neste domingo no jornal Mail Online, afirmando que ele se quer "leu o acordo do Brexit" antes de rejeitá-lo. "Sua política é cínica e incoerente", afirmou em texto replicado também em sua página no Facebook.

Em dezembro, Corbyn submeteu uma moção de desconfiança contra a primeira-ministra. Diferente de uma moção de desconfiança contra o governo britânico, o movimento, direcionado apenas à May, tem caráter simbólico.

"A visão deles [de Corbyn e do Partido Trabalhista] para o Brexit é um exemplo cínico de incoerência, desenhada para evitar decisões difíceis. Ele nem mesmo se deu ao trabalho de ler o acordo fechado e já se posicionou contra. Ele diz a um grupo que irá manter o Reino Unido em um mercado único, enquanto promete a outro o fim da livre movimentação. A todo o momento, ele se mostrou o oposto de um líder, servindo não ao interesse nacional, mas sempre ao seu próprio interesse político".

Ao defender que o Reino Unido se encontra em um momento decisivo, May defende que "quando os deputados votarem a saída da UE, determinarão o rumo do país para o futuro".

Três perguntas

Na avaliação de May, neste momento os deputados devem se fazer três perguntas. "O acordo que negociei prevê o resultado do plebiscito da União Europeia (UE), retirando-nos da UE e restabelecendo o controle soberano sobre as nossas fronteiras, leis e dinheiro? Protege os empregos em que nossos cidadãos confiam para colocar comida na mesa para suas famílias e a cooperação de segurança que mantém cada um de nós seguro? Proporciona a certeza de que cidadãos e empresas têm todo o direito de esperar daqueles que os governam e representam? Eu acredito que meu acordo faz todas essas coisas".

A primeira-ministra afirma ainda que ninguém mais tem um plano alternativo que passe por esses três testes. "Há alguns no Parlamento que, apesar de votarem a favor da realização do referendo, agora querem nos impedir de realizar outro referendo. Há outros tão concentrados em sua visão particular do Brexit que correm o risco de transformar um ideal perfeito no inimigo de um bom negócio", afirma.

May encerra o artigo com um apelo "para o meu partido", o Parlamento e o país: "Neste ano vamos descobrir o novo espírito do propósito comum. Vamos concordar com um acordo do Brexit que nos mova rumo a um futuro brilhante com confiança. Vamos garantir o futuro de nosso Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês). E façamos de 2019 um ano para nos orgulhar".

Acompanhe tudo sobre:BrexitReino UnidoTheresa May

Mais de Mundo

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA

Eleições no Uruguai: 5 curiosidades sobre o país que vai às urnas no domingo